O país inteiro passa a viver a partir deste fim de semana mais uma Copa do Mundo. Carrega consigo a esperança do hexacampeonato. Temos futebol para isso. Treinamos bem, estamos preparados, levamos os melhores, salvo pequena discussão, no caso de Daniel Alves.

Continua depois da publicidade

Receba notícias de Santa Catarina pelo WhatsApp

Uma Copa de R$ 1 trilhão, numa região de pouco futebol, mas de uma beleza e riqueza extraordinárias. Estádios supermodernos, num país árabe, com deserto e também um litoral cheio de praias. A capital Doha vai sediar os jogos para uma população de quase 3 milhões de habitantes e mais um milhão de turistas.

Pois é o Catar, país anfitrião, que vai abrir a Copa em jogo contra o Equador no domingo, às 13h, no horário de Brasília. O Brasil chega neste fim de semana ao Catar e só joga na próxima quinta-feira, dia 24, às 16h.

Em um primeiro momento o país teve dificuldade em abrigar tanta gente numa Copa do Mundo e o então presidente da Fifa, Joseph Blatter, reconheceu o erro da escolha. Por isso, o governo mergulhou no projeto da Copa, esperando que o país seja melhor entendido e reconhecido mundo afora.

Continua depois da publicidade

Leia outras colunas de Roberto Alves

Depois de um período antigo de pobreza, o Catar é hoje o país mais rico do mundo, pilotando a economia com a exportação de petróleo. Respeitar e se adaptar em tão pouco tempo às regras gerais do país é que são elas. O autoritarismo e o desrespeito aos direitos humanos imperam. O islamismo é a principal religião. A preocupação é como os brasileiros se comportarão durante a Copa.

O futebol

O Catar está no grupo A, cabeça de chave por ser o anfitrião do evento. Entretanto, dificilmente deve passar da fase de classificação. Os dois favoritos são Holanda e Senegal, com o Catar disputando a segunda vaga. Aqui pode estar uma surpresa desta Copa, pelo novo futebol que voltou a jogar, a Holanda.

Os favoritos

Quem são os reais candidatos ao título do Mundial? Há uma diferença entre favorito e candidato. Vejo o Brasil como eterno candidato e muito respeitado no mundo inteiro. Os analistas internacionais estão empolgados com a Argentina, que está no Grupo C. A segunda vaga pode ser da Polônia ou do México.
No grupo E, devem seguir Espanha e Alemanha. No Grupo D, a França, que não fez um bom preparativo, mas é atual campeã, e a outra surpresa a Dinamarca. Bélgica e Croácia devem seguir no grupo F. Já os patrícios de Portugal entram com o Uruguai ou Coreia do Sul.

Precisamos ser os primeiros do grupo G para evitar cruzamento futuro com um dos países candidatos. Já na estreia vamos encarar a boa seleção da Sérvia e depois a perigosa Suíçam, cujo esquema de retranca é um dos mais fortes da Europa.

Continua depois da publicidade

A última entrevista

Claudio Beserman Viana, o Bussunda, membro do Casseta & Planeta, deu a última entrevista à CBN Floripa em 2006, na Alemanha. Estava ao vivo na rádio e precisava de uma entrevista forte, porque meu entrevistado não havia chegado. Passa Bussunda e parti para cima dele.

Foi um baita papo. Já o conhecia de 1998, quando assistimos juntos o jogo Brasil x Noruega, em Marselha, aquele do pênalti do Júnior Baiano. No dia seguinte, em 17 de junho, um infarto levou o grande profissional. O Brasil nos pediu esta entrevista, a última que ele concedeu.

História

Largar bem no primeiro jogo de uma Copa é fundamental. Daí a razão e uma certa preocupação do jogo contra a Sérvia. É o estresse natural do primeiro jogo. Não temos dúvida da classificação. A partir do mata-mata é que as coisas se complicam.

Na Alemanha ficamos nas quartas de finais. Paramos na Holanda na Copa da África do Sul. No Brasil demos fiasco. Na França fomos vice-campeões e na Rússia paramos na Bélgica. O penta na Coreia e Japão foi a nossa melhor Copa dos últimos 20 anos. Estamos cheio de esperança, mas ainda estão no ar algumas dúvidas sobre a formação do time.

Continua depois da publicidade

Giro Total

Aconteceu: Já pensou um manezinho encarar uma entrevista cara a cara com o técnico iuguslavo Bora Milutimovic? Pois me encontrei com ele no centro de imprensa de Paris, em 1998, e mandei um espanhol que ele não entendeu, mas respondeu, na verdade, não sei o quê. Numa Copa, quando você esbarra com uma figura mundial tem de encarar. O que vai acontecer, ninguém sabe.

Fala portugês: Eu e o jornalista J.B. Telles, na época colunista do DC, encaramos Joséph Blatter, quando ele esteve no centro de imprensa em 1998. Telles mandou brasa. “Mister Blatter, I JB…”. Blatter percebeu a dificuldade e cortou: “Fala português, entendo melhor”.

Veja vídeo e confira dicas para entrar em clima de Copa

Leia também:

Tite convoca os 26 jogadores para a Copa do Catar; saiba quem são

Avaí parabeniza Raphinha por convocação para a Copa do Mundo

Análise: Comentaristas da NSC avaliam convocação da Seleção Brasileira