Lauro José Burigo, o técnico mais vitorioso do futebol catarinense nos deixou exatamente há um ano. Nossa amizade começou em 1968, quando ele era diretor de futebol do Comerciário, o time do povo cuja família tinha tudo a ver com sua fundação. Naquele mesmo ano, Burigo virou técnico com a saída de Italo Arpino para o América de Joinville. Aristídes Bolan era o presidente e depois virou deputado estadual.
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Acabou sendo campeão estadual, começando ali uma das carreiras mais vitoriosas do futebol catarinense. Hoje, vimos passar um ano de sua morte. Oito vezes campeão estadual por diversos times, uma carreira pelo Brasil afora, e só não chegou aos grandes clubes porque não viajava de avião. Isso impediu grandes contratos, mesmo tendo trabalhado no Atlético Paranaense.
Quatro filhos que adorava, a esposa Ruthe, que nunca esqueceu, embora tivesse dela se separado, Lauro Burigo tinha um coração gigante e ajudou muita gente em sua vida de futebol. Irrequieto, temperamento difícil, desconfiado mas sobretudo leal aos seus propósitos. Com ele aprendi muito, discuti bastante, divergi demais, brigamos mas sempre nos amamos.
Histórias? Muitas. A grande maioria retratada no livro “Segredos do Bruxo” escrito pelo jornalista Paulo Brito. Ao lembrar dele neste dia em que completamos um ano sem o Bruxo nos toca uma saudade enorme. Saudade dos seus ensinamentos, do seu papo, da sua orientação, da própria discussão.
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Lembrar também que toda a sua filosofia de trabalho continua sendo aplicada. Mudou muito pouco dos bons tempos do Bruxo. No futebol ninguém me engana, costumava dizer. E era verdade. Sabia muito e faz muita falta.
Lauro Burigo foi nosso colega na CBN Diário, integrando o time do Debate Diário e dos comentaristas das transmissões do futebol. Também comentou futebol na antiga TV Cultura, de Florianópolis.