Tudo por lá é maravilhoso. Precisão, organização, respeito do povo japonês pelo mundo que está lá a visitar o país, o cerimonial de abertura dos Jogos, a qualidade e condições dos locais de competições, enfim, tudo é perfeito. Demonstração de que se pode fazer um evento para encantar o mundo, mesmo que divergências políticas e religiosas atravessem no caminho.

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As convicções sejam quais forem devem ser respeitadas. Há regulamento e protocolo para serem seguidos. Na quadra, no mar, onde quer que seja a disputa é preciso saber ganhar e perder. A medalha é o símbolo da qualidade do atleta e seu valor é inestimável. Chegar a uma Olimpíada já é uma vitória.

O Brasil está lá competindo e tentando fazer o melhor pelo país. Ainda vamos ficar devendo tecnicamente uma performance do tamanho do nosso país. Há projeções e expectativas que podem ou não ser cumpridas. Com o andar dos Jogos percebemos que ainda estamos muito longe do ideal. Por quê?

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Num país de dimensões continentais deveríamos tem um maior investimento na área esportiva. Infelizmente não é assim. Normalmente a política consome o orçamento e a preocupação é com o fundo eleitoral. Mas, somos culpados. Temos a melhor arma para isso que é o voto, e a resposta deveria vir nas urnas. Nem sempre é assim. A projeção de seis a sete medalhas de ouro deve se confirmar, num total de 20 com as pratas e bronzes.

Os asiáticos dominam e, no final, acabam chegando os EUA, com atletas de alto nível. Aplausos aos que investem no esporte, cuja retribuição é a medalha e a bandeira do país.

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Filipe Luis

Cada vez que vejo mais me impressiono. Refiro-me ao lateral-esquerdo do Flamengo. Nem por ser catarinense de Jaraguá do Sul, mas pelo refinado toque de bola. Acompanho a carreira dele desde que chegou às categorias de base do Figueirense, de onde saiu para se tornar ídolo no Atlético de Madrid. Filipe (foto) joga numa estreita faixa do campo, onde dificilmente erra um passe, com uma qualidade que não vejo em qualquer outro lateral-esquerdo brasileiro. E não está na Seleção Brasileira por conta da idade. Tite acha não ter mais condição de ir à Copa do Catar. Pior, a seleção não tem um lateral-esquerdo.

Filipe joga numa estreita faixa do campo
Filipe joga numa estreita faixa do campo (Foto: Nayra Halm, Folhaparess)

Quanto valemos? 

O Atletismo Catarinense sempre FOI muito forte internamente. Agora, atingimos elevado nível técnico, que nos coloca como o 2º mais importante do país. Atrás apenas para São Paulo. A informação foi dada pelo presidente da federação catarinense, Deraldo Oppa, no programa Estádio CBN, que anunciou a construção da primeira pista indoor da América do Sul, em Camboriú.

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A delegação brasileira em Tóquio tem 10 atletas altamente preparados. A disputa da modalidade no Estado tem a rivalidade de municípios cada vez mais crescente. Blumenau e Joinville continuam investindo, Jaraguá do Sul está forte e hoje a grande novidade é São José. 

Skate, a sensação 

Na estreia em Jogos Olímpicos o skate sacudiu os alicerces do grupo. A prata de Kelvin Hoefler não foi comemorada por todo o time. Lideranças da modalidade dizem que ele não se entrosa com o grupo. É do esporte. Não deveria. Há competição há divergência.

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Na Copa

Em 2018, na Rússia, Tite pensou num lateral mais experiente contra a Bélgica. O técnico do Brasil preferiu o lateral Marcelo, que considerava titular, para segurar Hazard e Lukaku. Fomos eliminados. Experiências estão sendo feitas na posição em direção a 2022. Nenhuma vingou até agora. A melhor opção ainda está no Flamengo. Precisamos olhar mais para o futebol brasileiro e não só o da Europa.

Giro Total

O técnico: Conversei na última semana com Rogério Micale, o único ouro do futebol brasileiro em Olimpíada. Vê chances de o Brasil repetir o feito.

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 Uma pergunta: O que teria acontecido com Diogo Fernandes, um dos coordenadores de futebol do Avaí? Demitiu-se por discórdia com a condução dos trabalhos no clube. Profissional da base com relevantes serviços prestados ao clube era considerado unanimidade dentro do Avaí. Uma grande perda.

Orçamento: Em pouco tempo no comando da Fesporte, o novo presidente do órgão, Kelvin Soares, já conseguiu aumentar o orçamento do órgão. Pula de R$ 20 milhões para R$ 60 milhões. Isso chama-se trabalho e interesse pelo esporte.

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