Os números adiantam pouco. A forma de trabalhar durante a semana também. O tempo de trabalho as cláusulas contratuais que implicam em valores financeiros, às vezes, exagerados, o calendário apertado que não concede o tempo necessário para os treinamentos… Para o torcedor o que vale é o resultado de campo. Uma palavrinha mágica: vitória. Esta decide a permanência de um técnico em um clube de futebol. Quem disser o contrário está fora da realidade.
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E quando falam em projeto bom, que pode garantir o futuro, não acredite. Não há projeto se não houver vitória. Já me dizia um velho bruxo: treinador você conhece pelo seu trabalho durante a semana. Se for bom, o resultado vem. Outro engano. A história nos autoriza dizer que absurdos já foram cometidos (e continuam) com grandes profissionais, que reconhecidamente têm o trabalho bem feito.
Bastam duas ou três derrotas e a pressão começa. O torcedor em geral quer que o time jogue como ele deseja, sem analisar a situação do elenco, montagem do grupo, característica do atleta, forma de jogar do adversário, esquema tático… Nada disso. O que vale é o resultado do jogo.
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A primeira fase inteira do Estadual foi de pressão para Claudinei Oliveira, no Avaí, e Jorginho, no Figueirense. O primeiro está classificado entre os quatro primeiros do Estadual, e o segundo teve que ajudar a montar um time novo, com pouco dinheiro e alguma limitação técnica.
Uma esperança no meio disso tudo para que os profissionais tenham tranquilidade no trabalho foi dada pelo Conselho Técnico da CBF, no dia 24 de março, quando os clubes aprovaram um limite na troca de treinadores durante a disputa do Campeonato Brasileiro. Outro engano. O jeitinho brasileiro entrou em campo.
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Grandes clubes
A profissão de técnico já se disse ser perigosa por várias razões. A principal delas vem das arquibancadas, onde a exigência é exagerada. A referência é mais pensando nos grandes clubes do país, onde as organizadas mandam e a cada derrota os dirigentes são ameaçados, muros dos estádios pichados. Jogadores ameaçados (infelizmente) não é novidade. A paixão assumiu proporções exageradas e a razão já não existe mais no futebol. A ideia de preservar o trabalho do técnico é boa, a sua execução nunca será o que foi acordado.
A proposta
A regra valerá tanto para os clubes que queiram demitir os treinadores quanto para os técnicos que peçam demissão dos times. Euforia daqui e dali, declarações tipo “agora vamos poder trabalhar”, um avanço disseram clubes e técnicos. Em seguida, percebeu-se, no regulamento das competições, que se a saída de um cube for de “comum acordo” entre técnico e o próprio clube abre-se a possibilidade de uma nova transferência, contratação ou até demissão. Como toda lei, especialmente regulamentos de competições esportivas, há brechas que possibilitam alterações. Então, não vai mudar nada.
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O campeonato
Começa a fase mais aguda do Estadual. Agora o confronto que vai determinar quem serão os semi finalistas da competição. A vantagem do segundo jogo em casa e os resultados iguais pode fazer a diferença.
Ganha o esporte
Um novo projeto de ampliação do espaço destinado ao esporte está em franco andamento na CBN/Diário. Estreia neste domingo, a partir das 12h, o Giro Total, que vai envolver toda a equipe esportiva da emissora. Dividido em quadros bem definidos, o programa terá duração de duas horas sob o comando de Luiz Gonzaga e antecipará a pré-jornada do futebol.
Sala vip
Coube a este colunista um espaço de 15 minutos para receber convidados, não só do futebol, mas de qualquer modalidade esportiva onde Santa Catarina é muita rica em qualidade. Neste primeiro programa, vamos relembrar os 25 anos da CBN/Diário no esporte, com a presença do seu primeiro narrador e comentarista. Não perca!
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Giro Total Bob
Profut: Os 378 votos na Câmara Federal e mais 50 no Senado foram sensíveis às dificuldades financeiras dos clubes de futebol e derrubaram o veto do presidente da República à suspensão dos pagamentos das parcelas devidas pelos cubes, durante a pandemia.
Equívoco: Três catarinenses votaram contra os clubes, Hélio Costa, Gilson Marques e Rodrigo Coelho. Por ser um homem do esporte, procuramos o ex-repórter Hélio Costa, que disse ter votado por engano. Entendeu que o “sim” era a favor dos clubes. Votou a favor do veto achando que era a favor dos clubes. Admitiu o erro.
Destaques: O Estadual 2021 já tem alguns destaques para compor a Seleção do Ano. O principal deles é o atacante Perotti, da Chapecoense. Outro é Thiago Alagoano, do Brusque. Estão fazendo a diferença nos respectivos clubes.
Revelação: O Avaí tem alguns candidatos por enquanto.
Ano difícil: Para a arbitragem, as coisas não andam bem. Muitos erros de interferência nos resultados de alguns jogos, notas oficiais de clubes, protestos na FCF e afastamento de árbitro.
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Fifa: Ramon Abatti Abel consolidou a atuação, não só no Estadual, mas em nível nacional. Já se trabalha para que ele seja nosso próximo árbitro Fifa.
O melhor? Humberto Louzer já não está mais no futebol catarinense, mas o trabalho à frente da Chapecoense não pode ser ignorado.