O Campeonato Catarinense está contaminado e não sei como terminará este ano. A velha frase de efeito para alguns jogos está de volta: “Tudo pode acontecer”. E é verdade. A partir do julgamento na 4ª Câmara do TJD sobre a ilegalidade ou não da escalação do jogador Alysson, do Hercílio Luz, estabeleceu-se a dúvida total sobre o Estadual. Atingiu até o segundo jogo entre Brusque e Avaí, que foi remarcado para o dia 19 de maio.

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A Federação Catarinense de Futebol (FCF) entendeu que decidir agora quem é um dos finalistas, para depois ficar 20 dias esperando para saber quem será o adversário, não faria sentido. Por outro lado, a expectativa da entrada do efeito suspensivo por parte da Chapecoense virou suspense. Por força do que determinam as leis esportivas, a FCF marcou o jogo Figueirense e Chapecoense, pelas quartas de final do Estadual, para este domingo, dia 8.  

Até o fechamento da coluna, em a Chape ainda não havia entregue o pedido. Em meio às duvidas, falei algumas vezes com o presidente da FCF, Rubens Angelotti. Muito preocupado com o desfecho da situação, Rubinho tentou negociar com o presidente da Chape, Gilson Sbeghen, a possibilidade de o clube jogar contra o Figueirense.

Conversa acessível, alto nível, mas o departamento jurídico era quem decidiria, disse o presidente. No fundo, Angelotti nunca acreditou que a Chape poderia abrir mão do efeito suspensivo, até porque foi a maior prejudicada em toda a confusão.

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Se correr o bicho pega, se matar o bicho come. É a situação atual do Estadual. Não quero usar a palavra “tapetão”, até porque acho que não houve maldade do Hercílio Luz ao provocar esta situação. O clube do Sul também vai recorrer à Justiça, por entender que a interpretação que deu ao regulamento – relacionando o atleta – é a correta. Perdeu no TJD e o campeonato virou filme de Alfred Hitchcock: verdadeiro suspense.

> Campeonato Catarinense 2021 está no momento Alfred Hitchcock

TJD

Quando iniciei no rádio, adorava ir às sessões do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), no auditório da FCF, na Rua Bocaiúva. Nomes como Arnoldo Suarez Cúneo, Lauro Santos, Osni Barbato, Harry Egon Krieger, Marcilio Krieger, Saul Oliveira, Jorge Mussi, enfim, provocavam um silêncio sepulcral quando usavam a palavra.

Histórica e memorável a vinda de Valed Perry, jurista consagrado e maior nome do país na oportunidade, para uma palestra no TJD.

Arrasou 

Em menos de cinco minutos Valed Perry foi aparteado por Harry Egon Krieger, que acabou dominando a noite num show de conhecimento e interpretação das leis esportivas. Perry saiu da tribuna para ir a plateia cumprimentar Harry Krieger. Saudade.

Giro Total 

Calendário: o governo do Estado, através de decreto, autorizou a realização de alguns eventos esportivos. Os Jogos Abertos, que seriam em Jaraguá do Sul, estão sem sede.

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Candidatos: falaram em Florianópolis. Não confirmou. Agora, há uma possibilidade de São José e Timbó confirmarem as candidaturas. Em compasso de espera.

Exigência: a presidente do Conselho Estadual de Desporto, Michele de Souza, explicou à coluna a aprovação da exigência de formação superior para os integrantes do órgão. Disse que a exigência não tem a intenção de dificultar o acesso às cadeiras, e sim qualificá-las. A decisão foi aprovada em plenária do órgão.

> FCF marca jogos entre Figueirense e Chapecoense pelas quartas de final do estadual

Preparo: roga-se ao Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) do futebol de SC que se prepare melhor para uma sessão tão esperada quanto à ocorrida na última terça-feira, dia 4.

Problemas: entendo as dificuldades da realização de uma sessão com muitos problemas técnicos. A sessão tornou-se lenta, arrastada e muito truncada. Vários processos da pauta tiveram o julgamento transferido. Desgaste e imagem arranhada.

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