A imprensa do Sul do Estado tenta fazer um paralelo entre as equipes do Criciúma de 1988/89 e a atual. Foram fases parecidas em algum momento. Para quem acompanhou a história e o futebol do Tigre esta comparação é impossível. Veja bem o time de 88: Luiz Henrique, Sarandi, Silvio Laguna, Itá, Rached, Vanderlei, Lira, Edmilson, Carlos Henrique, Jussiê, Silva e cia. Fases parecidas, times diferentes.

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E hoje?

Uma equipe com limitações profundas, gestões equivocadas, mudanças de técnicos, pouca convicção e falta de confiança do grupo para sair de uma situação desastrosa em que se meteu.

Rebaixamento

Não lembro de ter visto o Tigre numa situação tão ruim como a atual. E então a pergunta que não quer calar: como sair dessa?

Primeiro é preciso aceitar o equívoco da montagem do grupo. Falta qualidade, identificação e intensidade no seu futebol. Qualquer resultado é aceitável sem o comprometimento do time com a camisa do clube.

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Penso que o momento é de profissionalizar o futebol, como já aconteceu em outras oportunidades.

Fala-se em Pastana e até em Carlos Arini para o comando da gestão do futebol. Nomes importantes que já mostraram conhecimento e podem contribuir muito.

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Nada contra o atual diretor de futebol, Valdecir Rampinelli, que tenta dar sua contribuição como já fez em outras oportunidades. Falta-lhe a experiência e até a força para abrir portas na CBF, como os grandes clubes do país fazem.

Então, neste momento, não há como comparar fases de equipes diferentes em outras épocas. A verdade é que a qualidade do elenco atual é baixa e isso está levando o time a resultados desastrosos.

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O que falta

Temos comentado muito sobre o Avai e algumas atuações duvidosas no campeonato. Neste momento e antes do jogo com o JEC nesta quarta-feira (7), o time ocupa a quinta colocação com um ponto atrás do Marcílio Dias, o quarto colocado. É jogo atrasado, e como tal uma vitória levaria o Avaí para a terceira posição, quase junto ao Brusque, criando uma nova situação no campeonato.

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O time

Particularmente, nos jogos que tenho trabalhado do Avaí, vejo problemas na zaga, no meio de campo e um homem que saiba fazer gols, o centroavante de ofício.

Não há transição defesa meio ataque. O Avaí usa muito a ligação direta sem trabalho de bola. Sem ser ainda o homem da armação ideal, mas com uma grande contribuição técnica, uma negociação rápida com Valdívia precisaria ser efetivada. O problema financeiro está dificultando este acerto.

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Outros nomes estão surgindo na Ressacada sem a efetivação. Apenas negociações.

Não há por aqui nenhuma crítica mais direta ao técnico Claudinei Oliveira. Ninguém consegue dirigir uma equipe com os problemas que ele tem enfrentado. Muitas ausências no DM, outras por cartões e a cada jogo um time diferente.

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Não será exatamente este o time que o Avaí vai usar na Série B do Campeonato Brasileiro.

Em crescimento

Figueirense evolui a cada partida
Figueirense evolui a cada partida (Foto: Figueirense)

Não foi muito difícil perceber que este time jovem e desconhecido do Figueirense em pouco tempo poderia mostrar algum serviço. Assim foi. Faltava a esta garotada o dedo do técnico Jorginho. Organização tática, confiança e apoio a cada um deles e quem sabe fazer o grupo crescer. Aconteceu. Nota-se evolução a cada partida, ritmo de jogo, um pouco mais de entrosamento e vontade.

O cuidado que o técnico Jorginho tem tido com os jogadores e as suas análises após os jogos têm sua razão de ser. Ele sabe como cuidar dos garotos, o caminho a indicar-lhes, a segurança que eles precisam para produzir.

O resultado começa a aparecer. Este time do Figueirense tem mais o que mostrar. Questão de tempo.

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O italiano

Francisco Battistotti, presidente do Avaí e da Associação de Clubes, foi homenageado com uma reportagem na revista Trentini Nel Mondo e com direito à foto ao lado do presidente da FIFA, Gianni Infantino. A revista conta um pouco da história de Battistotti, fala de sua fé religiosa, cita o futebol brasileiro, o Avaí com fotos da Ressacada e até de Santo Amaro da Imprensa, sua comunidade natal.