Um pouco mais de frustração foi o time do Brusque no último domingo, que faz uma campanha extraordinária, se classificou para o Campeonato Brasileiro da Série C e está disputando o título da Série D contra o Manaus. Isso tudo é positivo, porém, no primeiro jogo da decisão, no Estádio Augusto Bauer, a equipe chegou a estar vencendo por 2 a 0 e daí vem o misto de frustração e um sabor amargo, porque com 2 a 0 à frente, tomar um 2 a 2 em um jogo decisivo significa dizer que 

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houve muita desatenção. O Brusque deve ter tirado um pouco o pé do acelerador. Mas, nem tudo está perdido em termos de título – pois o grande objetivo já foi conseguido, que era o acesso. Agora, o sonho ficou mais difícil, pois não foi um bom resultado. Isso também não quer dizer que o Brusque não possa ir para a Arena Manaus, no próximo domingo, e fazer o resultado. É preciso um trabalho muito grande durante toda a semana, confiança e fé de que ainda é possível realizar essa conquista. 

Jogo controlado?

A expressão foi usada sábado pelo técnico Vinícius Eutrópio. Também gosto de usá-la em algumas circunstâncias, mas o que significa? Jogando bem, partida encaminhada, vitoria garantida? Nada disso. Num jogo difícil em que o adversário é ligeiramente melhor, mas seu time está controlando bem a partida, para num lance final, a qualquer momento, marcar através da criação de algumas chances, isso é um jogo em você está controlando, com chances de resolvê-lo favoravelmente a qualquer momento. Foi o que fez o Figueirense em Curitiba até tomar o primeiro gol.

Foi assim

Um primeiro tempo ruim, sem muitas chances de ambos os lados. O Coritiba com posse de bola sem objetividade e o Figueirense se defendendo. No segundo tempo o jogo ganhou em velocidade com os times mais a frente,  melhorando tecnicamente e surgindo mais chances de gol. O artilheiro Rodrigão – ou Kauê, contra, como queiram – abriu o placar num lance de possível falta, reclamado pelo Figueirense, mas que considerei normal. Depois a falha de Betinho na entrada da área e o Coritiba aproveitou.

O que mudou?

A comparação do Figueirense de Hemerson Maria com o de Eutrópio é inevitável. Nada. Marcação, contra-ataque, pouca posse de bola e chances reais de gol. É cedo? Sim, mas não vai mudar muito pelo estilo quase igual dos dois técnicos. Maria cauteloso, bom marcador e Vinicius com transição de meio mais rápida, porém com muita ligação direta e um pouquinho mais de marcação sob pressão.

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Mais uma pancada

Não reconheço o atual time da Chapecoense. É uma pancada atrás da outra e aumenta a preocupação com relação a manutenção da vaga na elite brasileira. É a defesa mais vazada do campeonato. Não consegue passar tranquilidade e nem esperança. Pior do que isso é levar quatro de um time que não está entre os grandes do futebol brasileiro e briga pela permanência igual a Chape. Gastou muito na montagem do grupo e não conseguiu fazer um time.

Positivo

A participação brasileira no Pan-Americano de Lima. Melhor performance da natação brasileira em toda história, a vitória do basquete feminino sobre os Estados Unidos, o número de medalhas da Vela, modalidades individuais, enfim, o segundo lugar foi de bom tamanho.

Negativo

Foi uma semana cheia de turbulência. E mais uma vez a gestão de futebol do Figueirense foi manchete. O que se espera agora é o cumprimento fiel do novo ajuste do contrato da empresa que comanda o futebol com jogadores, funcionários e sobretudo o Figueirense FC.  Se o acordo ficou mais claro, a ruptura fica mais perto em caso de um novo descumprimento das cláusulas acordadas.