Setembro começa com o aniversário do Avaí. Garotos liderados por Amadeu Horn em sua residência da rua Frei Caneca em Florianópolis fundaram um time de futebol que seria mais tarde uma potência nacional. A historia é por demais conhecida e a cada ano é contada de forma especial.  

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Todos sabem que o nome é uma lembrança a Guerra do Paraguay numa de suas batalhas mais importantes. 

Em 1948 fui ver meu primeiro jogo de futebol no antigo campo da liga depois Estádio Adolfo Konder. Não era o Avaí que estava em campo mas tinha tudo a ver com o jogo Figueirense e Paula Ramos válido pelo campeonato da cidade. 

Entra o Figueirense e ameaçamos festejar. Meu pai discretamente disse; Não, não é esse o nosso time. Entra o Paula Ramos; É esse para quem vamos torcer. 

Depois da vitória do tricolor da praia de fora por 3 a 1 fui saber porque era para o Paula Ramos a nossa torcida. 

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Com a vitória o Avaí foi para a final daquele campeonato com o próprio Paula Ramos que veio a ser o campeão citadino daquele ano. Inclusive em 1948 a decisão do estadual foi entre Paula Ramos e América de Joinville vencido pelo time do norte do Estado. 

Ficou a lembrança do primeiro jogo em que o Avaí não estava em campo mas fazia toda uma diferença para a importância da partida. Os acontecimentos foram sendo registrados pela historia que é rica e cheia de conquistas.

A época do Estádio Adolfo Konder era semi profissional. O atleta para assinar contrato exigia um emprego como garantia de seu futuro. Não se vivia apenas do futebol o que veio acontecer a partir dos anos 70. 

A historia do Avaí passa por nomes como Aderbal Ramos da Silva o grande benemérito, Fernando Bastos um apaixonado e romântico autor da letra do hino do clube, Saul Oliveira que de tudo fez no cube a partir de atleta até seu presidente, José Amorim na mesma linha e muitos presidentes que trouxeram o Avaí até aqui. 

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Novos tempos chegaram a partir do estádio da Ressacada uma obra até então inimaginável depois de uma transação com o governo do Estado aprovada na Assembleia Legislativa e assinada pelo governador Colombo Salles. 

A Instituição comemora no dia primeiro de setembro 99 anos de sua fundação. Muitos títulos, dificuldades muitas, superação maior ainda mas sobretudo trabalho, dedicação, amor e paixão ao clube. 

João Salum foi o presidente da transição Adolfo Konder/Ressacada. João Nilson Zunino valorizou o patrimônio elevando-o e dando visibilidade ao Avaí em todo país. Francisco Battistotti administrou tempos difíceis financeiramente, no seu estilo pessoal e deixou sua marca na historia do clube. 

Atualmente Júlio Heerdt implanta uma nova forma de gestão administrativa quem sabe até um pouco mais profissional. 

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O primeiro de setembro como o momento atual mostra uma grande preocupação no futebol com a campanha que a equipe faz no campeonato brasileiro. 

É hoje o Avaí o único time catarinense na elite brasileira. Não está bem mas pode superar.

A Instituição precisa ser lembrada como vitoriosa. O Avaí tem muito o que comemorar desde a rua Frei Caneca até a Ressacada.  

O time que queriam chamar de Independência em homenagem a Independência do Brasil (7 de setembro) por sugestão de Arnaldo Pinto de Oliveira fixou-se como Avahy FC até a reforma ortográfica quando foram retirados o H e o Y. E a data será relembrada com a entrega da maior honraria do clube, a Medalha do Mérito Saul Oliveira. 

Nesi Furlani ex diretoria social com relevantes serviços prestados ao cube e o engenheiro Odilon Furtado Filho um dos autores do projeto da Ressacada e até da nova cobertura serão os agraciados deste ano, em sessão do Conselho Deliberativo as 19h30. 

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Uma historia brilhante que deve ser comemorada pela nação azurra.