A expressão é pejorativa. Algo que no futebol é ilegal e leva a decisão de um jogo para o tribunal. O tapetão foi criado e ficou famoso com o Fluminense, um dos clubes brasileiros mais envolvidos em situações diferentes. Foi em 1969, no Campeonato Carioca, após o centroavante Flávio ter sido expulso em um jogo contra o Vasco. Na calada da noite de um sábado para domingo o Fluminense recorreu da punição à Justiça Comum e conseguiu anular a suspensão automática do atleta.

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Considerada uma jogada jurídica genial na época, o Fluminense entra em campo para decidir o título carioca e Flávio estava surpreendentemente escalado. Foi uma correria com questionamentos da imprensa e a pergunta era: “Será que o Fluminense não sabe que Flávio está suspenso?”. Moral da história. Flávio, que jogou sob uma decisão da Justiça comum, marcou o gol do título do Fluminense naquela oportunidade. E o Fluminense desmoralizou a suspensão automática após a expulsão de um atleta.

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Daí para frente o tricolor carioca se envolveu em seis casos que passaram a ser chamados de “Tapetão” para identificar uma ilegalidade e a entrada de recurso no tribunal. O tricolor então entrou na justiça para proibir que fosse chamado de “Tapetense”, expressão popularizada em função do trabalho do departamento jurídico do Flu.

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Em Santa Catarina já tivemos alguns casos que foram parar no chamado “Tapetão”. O mais famoso foi em 1977, quando a Chapecoense tinha um jogador suspenso chamado Cosme. Na decisão, ele jogou com o nome de Gerê e a Chape conquistou o título. O Avaí protestou, foi ao tribunal e perdeu. Sabe como? A expulsão de Cosme se deu num amistoso contra o Joaçaba e a Chape conseguiu provar que houve engano e o jogador não havia sido expulso. Foram para a súmula e o nome de Cosme não estava. Lá, constava a expulsão de um jogador chamado Gerê.

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Diferente do caso Hercílio Luz, em que houve interpretação equivocada do regulamento. Não parece ter havido tentativa de passar por cima do regulamento, mas houve o erro, segundo as decisões da Justiça. O torcedor gosta muito de usar a expressão quando o adversário ou rival reverte resultado no tribunal. Vem logo a afirmação: “Ganhou no tapetão”. Os prejudicados então levantam a tese de que o campeonato está contaminado, foi parar no tapetão, expressão que também não é simpática aos tribunais.

FALTOU COMPETÊNCIA

O que sobrou no primeiro jogo de Florianópolis faltou ao Figueirense na última quarta-feira, em Chapecó. Enfrentou bem a Chapecoense e tem de ser elogiado. Aproveitou a chance que teve em 50%. Não foi suficiente. O Figueirense deixou passar a oportunidade e o Tribunal de Justiça Desportiva agradece. O campeonato segue normalmente. A Chape melhorou o time com as alterações no time. Neste domingo, dia 16, tem jogo em Itajaí e o campeonato segue.

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Jogadores da Chapecoense celebram um dos gols na vitória por 2 a 0 sobre o Figueirense (Foto: Márcio Cunha, ACF, Divulgação)

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NA ESPERA

Brusque e Avaí não podem reclamar da falta de tempo para treinar. Estão à vontade para aprimorar os esquemas e até promover modificações, se desejarem. Por um lado, estão descansando. Por outro, perdem um pouco da sequência e ritmo de jogo. Vantagens e desvantagens. Voltam ao campo no dia 19, bem tranquilos.

UFA…VAI TERMINAR

Diante de um calendário muito prejudicado já por conta da pandemia, o futebol catarinense ainda enfrenta decisões que foram parar nos tribunais, complicando ainda mais o final do Estadual. Datas foram revistas e remarcadas, paralisações, adiamentos, clubes parados esperando decisões nos tribunais. Enfim, com tudo isso vamos terminar no dia 26, uma quarta-feira, antes do início do Campeonato Brasileiro. Será mesmo?

JASC EM TIMBÓ

O presidente da Fundação Municipal de Esporte (FME) de Timbó, Marcio Elisio, oficializou na Fesporte o pedido formal para que o município do Vale do Itajaí seja a sede da etapa estadual da 60ª edição dos Jogos Abertos de SC. Os Jasc estão programados para ocorrer de 24 a 30 de novembro deste ano.

VISTORIA

Agora a solicitação será avaliada pela Fesporte com a visita técnica aos locais de competição para a aprovação. Timbó sediou a última edição do Jasc, em2019, juntamente com Pomerode e Indaial. Em 2020 não houve o evento por causa da pandemia.

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FESPORTE

A chegada de Kelvin Soares ao órgão que comanda o calendário esportivo do Estado foi muito bem recebida. Bons propósitos, o esporte em primeiro lugar, projetos, identificação e a grande conquista, que foi a autorização do governo para a retomada do calendário.

GIRO TOTAL

> Como você classificaria o Estadual deste ano em nível de qualidade? Minha opinião: a fase de classificação foi fraca. O campeonato começou no mata-mata.

> Em quem votaríamos para escolher a revelação do Estadual? Convém esperar os jogos finais.

> E o Craque? Alguns candidatos a partir de Thiago Alagoano, pela importância ao Brusque. Perotti, o artilheiro da Chape, também é candidato.

> Danilo Rezini poderia ser lembrado para o dirigente que fez o futebol crescer em Brusque. Ganhou vários títulos nos últimos dois anos.

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> Ramon Abatti Abel e Diego da Costa Cidral foram os dois destaques da arbitragem desde o ano passado.

> O Criciúma, pelo seu gigantismo, foi a decepção do campeonato por razões obvias.

 > E o técnico? Geralmente o campeão é o escolhido. Candidatos? Jerson Testoni, Humberto Louzer – que classificou a Chape em 1º lugar na fase de classificação –, Claudinei Oliveira, entre outros.

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