A velha cultura do futebol brasileira continua presente. O técnico Renato Gaúcho foi tido como sucessor de Tite na Seleção Brasileira, recentemente pelo trabalho no Grêmio. Ficou cinco anos em Porto Alegre e fez um grande trabalho, interrompido pela pandemia e uma série de resultados inexpressivos, com eliminações de competições que pareciam garantidas.
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Estava mesmo de olho no Flamengo desde a saída de Jorge Jesus. Rogério Ceni teria sido um equívoco e a vez seguinte era do gaúcho. Primeiros resultados: goleadas a granel. Boleiro se adaptando melhor que ninguém ao grupo, aparando arestas e a torcida de uma felicidade total. Veio a liberação para a volta do público aos estádios e o torcedor passou a ver tudo mais de perto. Alguns resultados não vieram e Renato passou de herói a vilão.
Algumas escolhas no time começaram a incomodar o torcedor. A liderança do Atlético-MG no Campeonato Brasileiro foi ganhando números de distanciamento muito grande. Renato Gaúcho resolveu priorizar a Copa do Brasil e começa a utilizar equipes mistas, deixando titulares no banco.
No Fla-Flu da última semana parece ter jogado a toalha. Vaias, xingamentos e gritos de “burro” por algumas alterações e a derrota. Na mesma rodada, nova vitória do Atlético-MG. A diferença para o Galo subiu para 13 pontos, e o time caiu para a 4ª colocação. O que leva um clube do tamanho do Flamengo a jogar o Campeonato Brasileiro para segundo plano? Poupar jogadores? Desgaste físico? Decisão do técnico ou tem o aval da diretoria?
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Um equívoco atrás do outro. As condições que os clubes oferecem hoje para os elencos e a situação financeira não permitem este luxo. O Flamengo está rasgando dinheiro. O time titular precisa jogar duas vezes por semana. O fato de disputar um título junto ao Campeonato Brasileiro em outra competição não é condição para times alternativos. Renato está sendo responsabilizado e não acredito que a decisão tenha sido exclusivamente dele.
Acima de tudo isso, há um outro componente eminentemente técnico. A visão de jogo. O técnico rubro-negro tem cometido alguns erros. Depois de abrir espaço para Michael passou a substituí-lo nos momentos mais importantes. Gabigol está em fase de pouca lucidez. Com a saída de Gerson e a ausência de Bruno Henrique o time anda meio lento. O que era um futebol encantador virou uma preocupação e Renato Gaúcho, até então o grande comandante, virou vilão e a torcida já quer a cabeça.
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Daqui pra frente, terá de ganhar tudo, caso contrário a história no Flamengo terminará no dia 27 de novembro, em Montevidéu, na final da Copa Libertadores da América, diante do Palmeiras.
Enquanto isso, o Atlético-MG não quer saber de equipes mistas. Se não tiver lesionado ou suspenso, o atleta está no jogo. É este o procedimento correto. É o trabalho do atleta e para isso tem de estar sempre em condições. É o virtual campeão jogando com 10 pontos de vantagem para o vice-líder Palmeiras. Só um acidente de percurso tira o título do Galo.
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Fim de ano triste
É o que o torcedor do Figueirense anda comentando. Ano do centenário e nenhum resultado expressivo. No campo nada. Fora dele, informações de tratativas que buscam investidores, patrocinadores, parceiros, enfim, tudo para ajudar o clube.
Louve-se o trabalho sério da atual diretoria, que chegou um pouco tarde ao clube. Ninguém sabe como terminará a situação do Alvinegro.
E a Chapecoense?
O outrora clube organizado, bem dirigido, sem dívidas e disputando títulos hoje virou saco de pancadas. Foi destruído. Vive do nome e de uma cidade apaixonada pelo futebol e pelo time.
Neste final de ano, a Chapecoense também vai passar por eleição. E até para encontrar nomes que possam recuperá-lo está difícil.
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Eleições
O campo jurídico é amplo para o que o espera o dia 4 de dezembro no Avaí. A oposição entende que Francisco Battistotti não pode ser candidato mais uma vez por já ter cumprido dois períodos e pelas contas reprovadas. O escritório de advocacia que representa o presidente divulgou nota, garantindo que ele está legal para se candidatar.
O atual presidente já disse que vai as urnas e a oposição garante que ele está sozinho no clube. Battistotti tem como maior trunfo o acesso à Série A. Conseguindo, ninguém segura.
O nosso remo
A canoagem homenageia neste sábado, dia 30, a partir de 8h, os 25 anos da rádio CBN/Diário. Serão 15 provas na Baía Sul de Florianópolis, valendo por uma etapa do Campeonato Estadual de remo. Aldo Luz, Martinelli, Riachuelo e o América, de Blumenau, estarão na raia, na Capital. Os velhos tempos do remo estão voltando, com a CBN/Diário transmitindo o evento.
GIRO TOTAL
> Boa, garoto! Pedro Boscardin é a nossa nova estrela do tênis. Tem tudo para chegar muito longe.
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> Centenário: A semana marca os 100 anos de Ody Varella, considerado um dos maiores desportistas de SC. Será no dia 3, com homenagem na ACIF.
> Impressionante: O lançamento do livro sobre o saudoso Valério Mattos lotou o Paula Ramos na última segunda-feira, dia 25. O escritor Murilo Capela autografou quase 300 livros, com direito a filas de espera.
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