O futebol catarinense está em queda. Atravessamos um ano de baixa qualidade técnica e as consequências estão próximas. Dentro de uma grande irregularidade, o Avaí está com dificuldade para segurar a vaga catarinense na elite do futebol nacional. O Brusque está a caminho da Série C do Brasileiro, não parecendo ter sido o campeão estadual deste ano. O Figueirense empacou na terceira divisão. A Chapecoense está em recuperação e o Criciúma é nosso melhor representante até agora na Série B.

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A velha história de que não temos representatividade nacional parece uma verdade permanente. Por quê? Visão dos dirigentes na montagem dos grupos. Não conseguimos ainda distinguir quem joga em qual série nacional a condição técnica de cada um. Contratado o técnico, é preciso formar o grupo de acordo com o perfil do comandante e a maneira de atuar.  

Buscar jogadores que queiram se comprometer com o clube e tenham aspirações futuras na carreira. Aí, a base deve ser visitada e sempre se encontrará algum atleta em crescimento. Arthur Chaves, zagueiro do Avaí, é um caso recente. O defensor foi para a Europa.

Roberto Alves: O futebol de Santa Catarina está em queda

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Temos vários outros exemplos que eu poderia citar. O futuro do futebol está na base dos clubes. Quem não entender dessa forma, buscará medalhões a custos elevados, que não produzirão o desejado, tornando-se frequentes integrantes do departamento médico. 

Corremos o risco de ficar fora da elite nacional em 2023. Estamos longe de uma importância no cenário do futebol brasileiro.

Respeito à torcida

A procura de um ideal, a obstinação de alcançar um objetivo, o reencontro com nosso destino de atingir um futuro nacional no futebol, a consciência do nosso valor, tudo isso precisa ser reencontrado. Precisamos mostrar nossa capacidade de luta, a arrancada triunfal pela sobrevivência, a superação dos problemas, a união de todos em torno de um ideal comum que é a vaga da Série A do Brasileiro.

Esses milhares de seres humanos, como que tocados por um encantamento secreto, por uma hipnose coletiva permanecem, durante 90 minutos, presos a magia de 11 homens dentro de um campo de futebol, precisam ser respeitados.

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Ano promissor?

O Figueirense acena para 2023 como o ano da recuperação. A dívida do clube está controlada e sendo paga, como determinado pelo projeto de recuperação judicial. Possibilidades de investimentos e formação de um bom elenco para que o resultado de campo aconteçam. 

O alto comando alvinegro veio a público para dar uma satisfação à torcida diante de tantos resultados negativos no futebol. A entrevista não atendeu às exigências da torcida, mas deu um alento diante de tanto resultado ruim.

Recuperação

Um ponto positivo neste momento no Figueirense é a recuperação do Ginásio Carlos Alberto Campos, que será agregado ao estádio, para um futuro complexo esportivo. O ginásio era da prefeitura e o Figueirense sempre questionou a propriedade.

Férias

Andei pelo Nordeste brasileiro. Praias, os coqueiros dão brilho ao belíssimo litoral do nosso país, sempre com radinho ligado via aplicativo do celular, uma ferramenta hoje mais que moderna indispensável. Ouvi muito o que dizem do futebol do Sul do Brasil, aliás, de Grêmio, Inter e Athletico Paranaense. O resto não existe. Pior do que isso é ouvir maravilhas de Náutico, Sport, Santa Cruz, CRB e CSA. A rivalidade com o Ceará impede qualquer referência elogiosa ao Fortaleza, por exemplo. 

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Sampaio Corrêa parece que está brigando pelo título da Série A. E o ABC-RN já é um dos grandes do futebol brasileiro. E nós capengando para manter uma mísera vaga no campeonato principal do país.

Esporte e política

Poucos os candidatos ligados ao esporte conseguiram se eleger na eleição do último dia 2. Ed Pereira, ex-vereador, secretário de Esportes, não passou. O ex-presidente da Fesporte, Rui Godinho, também nada. O ex-narrador, comentarista e professor de educação física Mário Motta chegou a Assembleia Legislativa com votação expressiva. A imprensa ainda elegeu o repórter Serginho Guimarães e Lucas Neves, de Lages. Roberto Salum e Hélio Costa não passaram. O esporte tem pouca representação nos poderes constituídos. 

Giro Total

Perguntas (1):

Bruno Cortez, Bressan, Muriqui, Paolo Guerrero e Jean Pyerre atenderam os interesses técnicos do Avaí?

Perguntas (2):

E Lisca, era o homem para substituir Eduardo Barroca? A lembrar que os jogadores não queriam a saída do técnico hoje no Bahia. 

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Bastidores:

Muita preocupação nos bastidores da Ressacada com relação a campanha na Série A. Parece difícil manter a promessa do presidente de permanecer quatro anos na elite.   

Futuro:

E o técnico Júnior Rocha merece permanecer no Figueirense? A decisão da diretoria será após a Copa SC.

Fique por dentro das curiosidades da Copa do Mundo no Catar:

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