Já foi dito que a Chapecoense é nossa melhor representante na Série B do Brasileiro. Nem precisamos de muitas explicações quando os números estão aí para todos constatarem a campanha do Verdão.

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Era voz corrente que o Avaí teria sido o time que melhor contratou. Os nomes que a Ressacada recebeu também são indesmentíveis. E então? Os azurras não fazem boa campanha, mas também não chega a ser tão abaixo do esperado. Questiona-se a qualidade do futebol apresentado até agora. Neste caso, parece que estão exigindo jogos de alta qualidade com resultados positivos. Ou futebol é competição e vale sempre o resultado final?

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As opiniões estão divididas: parte da torcida quer resultados. A outra quer resultados com bom futebol, o que seria o ideal, mas nem sempre é possível. E, você, avaiano?

A grande verdade é que o futebol já nos mostrou que o produto final está no resultado e contra ele não há como brigar. Quantos já chegaram ao acesso sem mostrar bom futebol, porém muita competitividade?

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Avaí vence mas deixa muita preocupação com seu futebol

O que também precisa ser considerado é que nem sempre que se joga mal, ganha-se. Essa é a questão. A vitória é boa, mas é preciso que ela esteja aliada com o bom futebol, caso contrário, ela não se repetirá todo jogo. 

É o que está acontecendo no Avaí. As razões? Geninho sabe e busca soluções. Sabe também que o grupo tem qualidade não só para competir, mas para jogar um bom futebol. Mas ainda não mostrou isso.

Situação m pouco diferente no Figueira

Jogo entre Figueirense e CSA em Maceió
Jogo entre Figueirense e CSA em Maceió (Foto: Divulgação)

No Figueirense, o discurso é outro. O Alvinegro precisa ser analisado dentro de uma situação que não favorece o futebol, a partir do momento em que um grupo assumiu o clube e quase o levou a se licenciar de sua principal atividade, o futebol.

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Recuperar o clube já foi uma vitória. A volta de dirigentes comprometidos e identificados outro fato a ser comemorado. Montar o grupo para uma boa disputa da Série B e manter o time em atividade é o objetivo. Acesso, no momento, nem é o caso. Recuperar o clube é o trabalho que está sendo feito.

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E o futebol alvinegro?

O time da capital catarinense está sem dinheiro, com dívidas aparecendo a cada dia, multas trabalhistas sendo administradas e um time limitado por conta das dificuldades. Porém, em atividade nacional.

O torcedor não se dá conta dos problemas internos. Vale o resultado final dos jogos e o que está vendo. E a torcida não está vendo seu time vencer, nem praticar um futebol razoável.

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O técnico pede reforços a cada entrevista. Em seguida, diz que sabia das dificuldades financeiras. Não é este apenas o único problema.

Com ou sem dinheiro, vieram, Geovane, Matheus Néris, Jonathan Silva, Bruno Michels, Gabriel Lima, Gabriel Barbosa, Keké, Lucas Carvalho, Elieser, Paulo Ricardo e Arouca, que já estava no clube, além do técnico Elano e do diretor de futebol Luciano Sorriso.

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Até agora o técnico não conseguiu formar um time. Claro, muitas lesões, cartões, condições físicas, falta de ritmo, entre outros problemas, dificultam o encaixe.

Já estamos chegando à 14ª rodada do campeonato e o Alvinegro vive beirando a zona de rebaixamento, com um futebol que não passa confiança ao torcedor e, sim, preocupação.

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E então? Constatação clara: contrataram muito mal e agora terão de ir ao mercado novamente. Mas a pergunta que fica é como fazer isso sem dinheiro?

É preciso boa visão de futebol, ou seja, o chamado olho clínico na hora de contratar. Se não conseguirem, perguntem ao presidente do Brusque que ele pode indicar o caminho.

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No topo da tabela está a Chape

A Chapecoense, que vai a campo nesta sexta-feira (9), em Florianópolis, contra o  Figueirense, joga um futebol competitivo, que chamam até de reativo. Com muita marcação e um contra ataque competente vai somando pontos. Está no G-4 e mantém viva a esperança de acesso.

Chapecoense de novo

Uma zaga sólida, um meio de campo forte, uma boa transição para o ataque e muitos fazedores de gols.

Não joga bonito, é verdade. Alguns jogos até muito abaixo do que precisa para subir à Série A. A diferença é que na hora que precisa, especialmente nos jogos da arena Condá, sabe fazer o seu dever. E, claro, um pouco de sorte faz bem.