Foi uma noite agradável a do reencontro do Avaí com a imprensa. Deu-se em Águas Mornas, onde o time se prepara para o estadual. Jogadores apresentados e à disposição para uma conversa franca e verdadeira; a comissão técnica dando explicações e falando dos planos para 2020; o presidente acessível para qualquer papo, abrindo o jogo em algumas oportunidades, enfim, mais do que válido este encontro que deverá sempre ser repetido.
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Ninguém foi para Águas Mornas com espírito crítico ou algo parecido. Fomos conhecer um pouco mais da nova rapaziada e dos conceitos da comissão técnica.
Inácio está feliz
Ganhei um bom tempo conversando com Augusto Inácio e José Ribeiro, seu auxiliar. Achei um profissional conhecedor, atento às mudanças do futebol, feliz por estar trabalhando no Avaí, cheio de idéias e com uma grande expectativa no resultado do seu trabalho.
Conceitos
Mister Inácio prioriza, por onde passa, a condição física do elenco.“Se não estiver bem, não vai e será substituído”. Por conta disso, percebi que já houve puxão de orelha em alguns jogadores.
Numa comparação entre o futebol brasileiro e o Europeu, Inácio sempre vê nosso futebol um pouco acima. A Europa tem o físico, o Brasil tem o técnico, a qualidade individual. Pergunto quando o Avaí estará pronto para o ano. Julga que da metade do estadual para frente, quase no final, espera ter o time pronto para a Série B.
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Vai jogar o campeonato catarinense para ganha-lo, sempre na busca de títulos.
O que falta no momento?
Tem os jogadores, mas não tem ainda um time pronto. Pensa que para compor o elenco, ainda precisa de três jogadores: um meia de armação, um atacante de lado e um centroavante de referencia.
Tem conversado muito com os que chegaram agora e principalmente com os que aqui já estavam. citou Luan Pereira para definir o que ele quer da carreira. Luan gosta de jogar pelo meio, mas admite atuar na esquerda, entrando sempre na diagonal. Precisa treinar inclusive após o treino.
Inácio percebeu no início, quando chegou, o treino mal chegava ao final e já tinha gente encostando no lado tirando as chuteiras, pedindo água etc.
O técnico parou, reuniu todos e disse: “O treino só acaba quando eu disser, pois em seguida ao bate bola, vamos ao individual, cobrança de faltas, pênaltis, jogadas ensaiadas, enfim, entendido”.
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"Voltamos ao campo. Eu ainda não disse 'acabou'."
O profissional
Augusto Inácio é simpático, brincalhão, de bom diálogo, ouve muito, fala bastante e se impressionou com a estrutura do Avaí. Agora ele pediu para o presidente fechar os lados do centro de treinamento, aqueles campos na frente do estádio.
Jogadores precisam de privacidade para o trabalho.
Um esboço
Lucas Frigeri, Arnaldo (ainda fora de forma), Rafael Pereira, Betão e Capa; Bruno Silva, Wesley e Valdivia (este também precisa melhorar o condicionamento físico); com Rildo (também teve uma boa conversa com o técnico), Jonathan e Luan, o ataque está em aberto.
Jean Martin, Airton, Pedro Castro, Igor Fernandes, Gustavo Poffo e outros da base estão sendo olhados com muita atenção pela comissão técnica.
O centroavante
Inácio gostou de Rodrigão, que já acertou com o Ceará e está totalmente fora de forma. As informações dadas ao técnico não foram boas.
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Léo Gamalho esteve nas cogitações ou pelo menos teve seu nome lembrado. O Avaí busca três jogadores ainda.
Marquinhos Santos
A certa altura da noite, entra no papo o gerente de futebol, com o técnico que tinha o auxiliar junto e o presidente Battistotti acompanhando tudo.
Percebi que ele está muito atuante. Sua primeira sacada foi quando lhe sugerira passar o jogo contra o Brusque, pela Recopa de sábado à noite, para domingo às 16h. Recusou na hora.
O Brusque está há dois meses treinando e o Avaí não. Perderia muito no preparo físico.
Marquinhos e Diogo Fernandes estão no mercado e passando ao mister todas as informações e vídeos do nosso futebol.
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Sporting Lisboa
Augusto Inácio se identificou de cara com o novo colega Kadu Reis pela afinidade e simpatia com clubes portugueses. Ambos são ferrenhos torcedores do Sporting Lisboa. Inácio fez questão de abraçar o repórter carregando-o de elogios.
O Vexame da Noite
Ficou por conta do próprio colunista. Com direito a musica ao vivo, o tecladista presente largou uma gravação de "Meus Tempos de Criança" (a nossa favorita), com Odair José — por sinal, muito ruim e num tom altíssimo —.
Atendendo a insistentes pedidos, fomos tentar acompanha e o cara cantava muito alto. Um fiasco. Ainda bem que, educadamente, a raça aplaudiu. Que fique claro aos músicos: o meu tom, definido pelo maestro João Ramos, é Lá menor. Fora disso não me chamem.