A situação de cada um não é muito diferente. É inevitável a conversação sobre diminuição de salários, direitos de imagem ou mesmo gratificações pendentes. Diminui o número de associados, aumenta a inadimplência, baixa o fluxo de caixa, os patrocinadores atrasam o pagamento, e tudo isso vai respingar nos atletas, na base do clube e funcionários. O resultado final é preocupante.

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Justiça

O projeto Gol Salvador do técnico catarinense Luiz Carlos Cruz, que sugere formas de apoio aos atletas e clubes, chegou à CBF e, pelo jeito, começa a ser aproveitado. Muitos dos auxílios aos clubes anunciados pela CBF têm a ver com o projeto.

A propósito, não se tem conhecimento de que alguma entidade, sindicato ou mesmo clube, tenha apresentado alguma sugestão à CBF. Por justiça, o Criciúma foi o primeiro a pedir um auxílio financeiro.

TOQUE DO BOB

> O problema financeiro dos clubes vem de muito tempo. Em 1931, o Hercílio Luz, de Tubarão, mandou avisar a Federação Catarinense de Desportos que só poderia participar do campeonato caso a entidade custeasse as despesas.

> Em 1974, o Avaí foi a Maceió (AL) cumprir jogo do Campeonato Brasileiro. O time só tinha 11 pares de meias. Chegando lá, faltava um par, que ninguém sabe onde foi parar. Resultado: o meia Zenon jogou com as duas pernas enfaixadas de esparadrapo branco.

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> Nos anos 1970, os presidentes José Mauro Ortiga e João Salum, do Figueirense e Avaí, respectivamente, combinavam três clássicos para efeito de renda. Um ganha o primeiro, outro o segundo, e o terceiro seria pra valer. Nunca deu certo. Esqueciam de combinar com os jogadores.

> Dias minguados: nos festejos do segundo aniversário do Avaí, após a reunião de diretoria, foi servido um copo de cerveja a cada um. Urrahs de saúde e felicidade.

> 3 de setembro de 1973. Clássico misterioso no Adolfo Konder. Avaí contratou o caboclo Benjamin para fazer um trabalho na noite de quinta-feira. Figueirense contratou o Tranca Rua na sexta. Os dois deram o mesmo resultado, 2 a 1 para o próprio time. Terminou 0 a 0, não pagaram os caboclos como estava combinado.

> Pedro Lopes, que foi diretor técnico e presidente da FCF, na inauguração do estádio da Ressacada hasteou a bandeira da federação de cabeça para baixo. Depois corrigiu.

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> O Metropol, de Criciúma, precisava jogar com o Avaí para fazer dois pontos e ir à final do campeonato. O Avaí avisou que não tinha condições de viajar. O diretor do Metropol, Dite Freitas, pagou a condução e o time foi apenas com os 11 jogadores. Ganhou de 1 a 0 e tirou o Metropol da final.