Desde 1986, a Federação Catarinense de Futebol não passa pelo processo democrático de uma eleição para sua diretoria. O último pleito colocou frente a frente Delfim Peixoto Filho e José Elias Giuliari, que já havia sido presidente, tentou retornar, mas não conseguiu. Trinta e dois anos depois, Rubens Angelotti, que cumpre mandato tampão após a morte de Delfim, registrou chapa, publicou edital e vai para a eleição contra o atual presidente do Conselho Estadual de Esporte, Alexandre Monguilhott, cuja proposta já foi publicada aqui na coluna.
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Chapas
A eleição ainda não tem confirmação da candidatura de oposição. São necessárias 10 assinaturas de ligas e cinco de clubes para confirmar a inscrição. O provável candidato de oposição, Alexandre Monguilhott, garante que tem as assinaturas, mas admite que Angelotti conseguiu apoio quase total.
Resta, então, discutir como fica a situação de quem assinou apoio para as duas chapas.
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CBF
O presidente atual garante que tem apoio de Rogério Caboclo, eleito presidente da CBF, além das assinaturas de todas as ligas. Apenas dois clubes não teriam dado apoio à chapa de Angelotti. O presidente contesta a crítica de que teria elevado os custos da FCF e fala em recriar a Copa Sul.
Reunião hoje
Atual presidente e candidato a seu primeiro mandato, Rubens Angelotti retornou nesta quarta-feira da eleição para a presidência da CBF, no Rio, onde ajudou a eleger Rogério Caboclo, braço direito de Marco Polo Del Nero. Nesta quinta, receberá os integrantes da chapa de oposição.
Sem chance
Tarde demais. A situação não tem como aceitar qualquer tipo de composição já que sua chapa está registrada. A oposição já havia acenado com um acordo e pediu, por meio de um interlocutor, que intermediasse a possibilidade de alguns cargos na diretoria da FCF, e então não bateria chapa. Nos bastidores, soube-se que a oposição só não teria pedido o cargo de presidente. Rubens até admitiu que, se tivessem trilhado outro caminho, sem lançar proposta antes de conversa, a situação poderia ser outra. A peregrinação junto a presidentes de ligas locais e até a prefeitos de várias cidades, tentando uma interferência na eleição, aborreceu o presidente atual.
Proposta
Algumas das propostas colocadas a público pela oposição fazem parte do projeto de Rubens Angelotti como por exemplo a busca de recursos para a arbitragem nas series B e C do estadual aliviando o cofre dos clubes. Rubinho tem promessa da CBF com quem está bem afinado de uma melhora nos recursos financeiros para atender algumas situações no futebol catarinense.
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Esperança
Alexandre Monguilhott disse à coluna ontem que ainda há esperança de um entendimento, mas sabe de ante mão que ficou mais difícil com a marcação da data da eleição e o registro da chapa da situação. Vai esperançoso para reunião de hoje, na sede da FCF, falar pela primeira vez com o presidente, já que anteriormente a conversa foi por meio do intermediário, Marco Antonio Martins, da comissão de arbitragem, que por sinal está na chapa da situação.
Mandato
A exemplo da CBF, a diretoria que será eleita em 30 de abril só iniciará mandato em abril de 2019. Até lá, vale o mandato tampão. Os cinco vices de Rubens Angelotti, por região, não mudaram muito: Marco Antonio Martins (Capital), Emerson Lodetti (Sul), Laudir Zermiani (Norte), Fabio Nogueira (Vale) e Tiago Gasperin (Oeste).
Vitória
No Rio de Janeiro, Rubens Angelotti já teve uma primeira e grande vitória junto à CBF ao emplacar o catarinense Claudio Gomes na gerência comercial de competições da nova diretoria. Ontem cedo, Gomes já publicava carta de agradecimento aos clubes na rede social da Associação de clubes. O presidente da FCF entende como um caminho aberto para novas conquistas do futebol catarinense.