Não é de hoje e também não chega a ser novidade. Voltamos ao assunto dos técnicos para tentar entender o que acontece, mesmo sabendo que em cabeça de torcedor não é bom mexer.

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Por que a insistência para a saída de Geninho? É um desejo da grande maioria dos azurras. Quem no mercado faria melhor que ele com este grupo que está a sua disposição? Quanto custaria a dispensa do técnico para a contratação de outro?

E o elenco, o próximo treinador teria como trabalhar ou solicitaria novos reforços?

É o que pensam os gestores do futebol. O problema é que o torcedor quer resultados e não está para discutir os problemas internos ou financeiros dos clubes.

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A verdade é uma só. Não se faz futebol apenas com o resultado de campo, apesar de isso ser o mais importante. Sem ele, o avião não decola.

Há um livro do ex-presidente do Barcelona, cujo título simplifica bem esta história: A bola não entra por acaso. O autor explica que quando se ganha um jogo de futebol, por mínimo que seja o placar, não foi apenas o gol marcado que levou à vitória, mas toda uma estrutura que colocou o time em campo e acabou produzindo aquele gol, que originou o resultado. A vitória começou muito distante dos 90 minutos para terminar exatamente ali.

Portanto, não chega a ser tão fácil e simples perder um jogo e mandar o técnico embora.

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Eu aprendi há muito tempo que o trabalho de um treinador detecta-se durante a semana. Com um belo trabalho preliminar ao jogo de domingo, você entra na partida com a certeza de vitória. Muitas vezes, na hora H, os jogadores fazem tudo diferente e não conseguem repetir os treinamentos da semana. A derrota vem junto com a cabeça do técnico em jogo.

O Figueirense passa pela mesma coisa

Elano, técnico do Figueirese, em coletiva de imprensa on-line
Elano, técnico do Figueirese, em coletiva de imprensa on-line (Foto: Patrick Floriani / FFC)

O Alvinegro passa pelo mesmo problema do co-irmão. Elano chegou com nome consagrado como ex-jogador, iniciando um novo trabalho em sua vida dentro do futebol. Ele sabia as dificuldades que enfrentaria, mas apareceram problemas além dos que já esperava.

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Não consegue decolar, alguns jogadores são afastados pela Covid-19 e dificuldades para impor um esquema de jogo. Resultado: time na zona de rebaixamento da Série B, correndo risco dentro do campeonato e deixando sua torcida louca.

Bom trabalho?

Elano ainda não conseguiu mostrar. Tem algumas convicções discordantes da grande maioria da torcida e de parte da imprensa. Eu sou um deles. Não entendo a escalação de Keké, jogador de baixa estatura, como centroavante circulando e o time jogando bola alta na área. Enquanto isso, Gabriel Barbosa, de 1.90, sem ser usado.

O meia

Marquinho, jogador de boa técnica, não consegue desenvolver seu futebol e o que dele se espera nesta atual passagem pelo Alvinegro. Nesses casos, os técnicos costumam dizer que o atleta é importante taticamente e destacam a obediência ao esquema. É um argumento que está dentro das convicções do técnico.

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Outra pergunta

O time do Figueirense tem qualidade para pensar em acesso? Acho que não, pelo menos, não tem mostrado isso. É comum se dizer que a equipe é limitada. O próprio torcedor comenta. Então, por que a campanha para tirar o técnico?

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O erro

Na minha opinião, o erro do Figueirense foi tirar Márcio Coelho. Sabiam das dificuldades que qualquer técnico enfrentaria ao chegar no clube. O Figueirense cedeu à pressão da torcida pelo simples fato do profissional ser formado na casa. Aí mesmo é que deveriam valorizar.

O que acontece?

Uma péssima campanha e um técnico que ainda não conseguiu mostrar serviço. Fosse outro profissional já teria saído.

Conclusão

Avaí não inspira confiança para uma chegada ao G-4. Não tem mostrado futebol pra isso e vacila nos momentos mais importantes.

O Figueirense vai brigar pela permanência na Série B, que já seria de bom tamanho, visto os tantos problemas que a gestão atual tem enfrentado. Mesmo assim, desdobra-se para dar condição à comissão técnica. O detalhe é que está contratando em quantidade com pouca qualidade.

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> Chapecoense vence Operário e consolida liderança da Série B

Próxima final de semana termina o primeiro turno. A Chapecoense pode terminar em primeiro lugar. Com um futebol fechado e atuando no contra ataque, às vezes não convence, mas com resultados positivos está sobrando entre os catarinenses no campeonato.

Brusque líder 

Técnico do Brusque, Jerson
Brusque é líder do Grupo B da Série C com 6 pontos de diferença do segundo colocado (Foto: Arquivo NSC)

Na Série C do Brasileiro, o Brusque empatou em casa com o São José e não conseguiu antecipar vaga para a próxima etapa da competição.

A classificação pode acontecer na quinta-feira, às 20h, quando o Brusque enfrentará o Ituano fora de casa. A propósito, o São José, com quem empatou ontem, foi o único time que derrotou o Brusque até agora.

Suspensão

O São Bento pediu à CBF para não jogar às 18h desta segunda-feira (26) contra o Criciúma. A equipe não tem 13 jogadores ou mais em condições de jogo, como prevê o protocolo da Covid-19, pra colocar em campo. Time está quase todo infectado, além contusões e cartões. À tarde sai a decisão.

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