O que gostei e que não gostei no Estadual

Difícil qualquer avaliação com duas rodadas e a terceira a ser disputada neste fim de semana. Uma visão por alto, e baseada na experiência de alguns anos no futebol, confirma mais do que nunca o equilíbrio da competição. Algumas observações são possíveis. A surpresa agradável de ver é o Barra, que joga com personalidade e tem muita chance de crescimento. Ao contrário da Chape, que está longe de ser o Verdão de grandes performances. Vi pouca qualidade, ainda que o argumento de ser o início da competição tenha validade. Duas rodadas, dizem os especialistas, é impossível qualquer avaliação mais profunda.

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Dos representantes da Capital, vejo o Figueirense mais seguro e em crescimento. O Avaí, todos sabem, pelo elenco que tem vai crescer ao longo da competição. Gostei do Joinville, sempre um bom candidato ao título, principalmente quando joga com os chamados grandes. Quem sabe, este poderá ser o ano da recuperação do JEC. Não tanto pelos resultados até aqui, mas não me chamou atenção o time do Concórdia, e vi um Brusque muito tímido.

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Qualquer tipo de avaliação não passará de simples palpite. Há muito para acontecer e o panorama geral, claro, vai se alterando a cada rodada. Se tivesse que escolher os primeiros candidatos, por produção técnica, ficaria com Figueirense e Joinville.

A impressão que tive neste início do Estadual é de que mais cedo do que pensamos as coisas vão se encaminhar mesmo com o equilíbrio técnico. O importante é que o futebol está de volta. Para que isso possa continuar, o torcedor precisa estar atento aos protocolos sanitários, tendo em vista o aumento de casos de Covid-19 em Santa Catarina.

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Os alertas começam a ser divulgados pelo governo e se não houver melhora o futebol pode ser atingido. A razão dos insistentes apelos está na preocupação de que todos precisamos ser responsáveis no uso de máscaras, álcool gel e distanciamento social. Ou mostramos respeito, ou voltaremos à estaca zero no futebol. E pior: correremos risco com nossas vidas.

É o melhor

O goleiro Douglas veio para ficar. Titularíssimo, já mostrou as qualidades na primeira rodada do campeonato, salvando o Avaí em Itajaí. Mostra segurança, entendimento com a zaga e liderança no grupo. O goleiro do Avaí foi eleito o melhor da rodada no Globo Esporte, em votação popular, com 36,4% dos votos.

Estatísticas 

Para quem gosta de números, um fato. Nos últimos 10 anos, os títulos do Estadual ficaram nas mãos de quatro clubes: Avaí (três), Chapecoense (três), Figueirense (três) e Criciúma (um). O Joinville está na fila há 20 anos.

O Avaí foi o primeiro e o último vencedor do Campeonato Catarinense, em 1924 e em 2021. Os rivais da Capital são os maiores vencedores, com 18 títulos cada.

Confira a galeria dos campeões que estarão em campo em 2022:

Destaques

Entre os candidatos a craque do campeonato, o meia Douglas Packer, do Marcílio Dias, sai na frente. Jogador de boa qualidade, precisa de alguém ao lado para comandar o setor e encaminhar o time para melhores resultados. Douglas é de Indaial, tem 34 anos e esta temporada pode ser o ano dele. Claro que tem muita gente ainda que vai aparecer. No primeiro olhar, me passa a impressão que Douglas estará entre os candidatos.

​> Confira a tabela de jogos do Catarinense 2022​

O Sul

Sem o Criciúma, o hábito faz com que a gente procure o Tigre na tabela. Estranho. Parece ficar um vazio na tabela do campeonato. Próspera e Hercílio Luz estão com a responsabilidade de representar uma das regiões mais ricas no futebol catarinense. A lembrar do EC Metropol, que o jornalista Zé da Silva retrata muito bem no livro “Histórias que a bola esqueceu”.

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Chrystian

E o Joinville parece que vai brigar mesmo pelas primeiras posições do campeonato. Posso estar enganado, mas vejo o JEC um pouco mais seguro, com personalidade, alguma qualidade e um diferencial chamado Chrystian, que tem tudo para comandar o time este ano.

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Nosso campeonato

Dizem que sou saudosista e sou mesmo. Gosto de resgatar a história do nosso futebol para que a geração atual possa conhecer um pouco do que foi SC. Clássicos? Em todas as cidades. Palmeiras x Olímpico, em Blumenau; Carlos Renaux x Paysandu, em Brusque; Caxias x América, em Joinville; Inter e Guarani, o time do batalhão ferroviário de Lages; Marcílio Dias e Almirante Barroso, em Itajaí, e o Ferro x Luz de Tubarão. Diria o mestre Ataulfo Alves: “Eu era feliz e não sabia”.

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