Rubens Angelotti foi reeleito para mais quatro anos à frente do futebol catarinense a partir de 2023. Não há como comparar os dois dirigentes. São estilos bem diferentes. Delfim faz falta. Criou uma forma de atuar explosiva e partia fácil para o confronto com quem quer que fosse. Resolvia em alguns casos e em outros se queimava. Não se pode negar que o desenvolvimento do nosso futebol passa pela atuação de Delfim.

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A compra da sede própria aconteceu em Balneário Camboriú por falta de atenção das autoridades em Florianópolis, onde o dirigente não conseguiu um terreno para a obra. O enfrentamento com os dirigentes da CBF trouxe vantagens e prejuízos na época. Político hábil, temperamento explosivo e sempre na defesa do futebol catarinense, Delfim está na história do nosso futebol.

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Rubens Angelotti assumiu na condição de vice-presidente mais velho da FCF. Chegou de mansinho e se fez notar com ações práticas, incluindo decisões internas na federação que mudaram a forma de administrar a casa do futebol catarinense. Aos poucos foi ganhando a confiança dos clubes e presidentes de ligas, buscou se aproximar da CBF e no primeiro momento tratou de se posicionar recolocando Santa Catarina no cenário nacional se aliando ao comando nacional do futebol.

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Hoje, Angelotti tem forte relacionamento com a direção da confederação, já tendo inclusive chefiado delegação da Seleção Brasileira ao exterior. Está forte, fruto do jeito calmo e tranquilo nas decisões, bom senso e, sobretudo, dialogando muito nos momentos mais importantes. Não se empolgou com o poder e isso é fundamental. Bem diferente de Delfim de Pádua Peixoto Filho, Angelotti costuma dizer que continua apreendendo, e para isso ouve muito mais do que fala.

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O mandato

Conforme estabelece o atual estatuto da FCF, esta foi A última reeleição de Angelotti. O mandato que ele herdou de Delfim, em 2016, não contou. Ele foi eleito em 2018 e reeleito neste ano. A eleição pode ocorrer até um ano antes da posse. Rubinho completará então dois mandatos em 2027, como ele mesmo determinou para depois dar chance a renovação.

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O maior?

O torcedor do Criciúma me cobra um texto sobre o tema: “Quem é o maior clube de futebol de Santa Catarina?”. Impossível atender. Vamos tentar e poderemos até chegar à conclusão que o torcedor do Tigre deseja.

Com mais de 11 mil sócios, ainda a disputar a Segunda Divisão do Estadual, participação na Série C do Brasileiro no ano passado, momentos de oscilações constantes no futebol, administrações que não foram as que se esperava e ainda assim os números do Criciúma são muito bons. Dez títulos do Estadual, uma Copa SC, oito taças Governador do Estado.

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Em nível nacional é o clube mais vencedor do Estado: uma Copa do Brasil, três vezes campeão da Série B e uma vez da Série C. Os números são bons e os títulos nacionais dão ao Tigre a marca de maior vencedor catarinense, perdendo para a dupla Avaí e Figueirense na corrida pelos títulos no Estado. Se era isso que o torcedor queria, está feito.

Agora, o futebol é momento e neste momento é o Avaí quem representa o Estado na elite nacional. Isso não tira a importância dos demais.

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Nossos garotos do remo

O fantástico Carlos Alberto Dutra, o Liquinho, nosso eterno campeão de remo, e o filho Carlos, conquistaram o sul-americano de double skiff em São Paulo. Liquinho ganhou também o skiff, o dois sem e o four skiff. Total de quatro medalhas de ouro e três de prata.

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Carlos, Odilon e Liquinho na competição internacional (Foto: Arquivo Pessoal)

Carlos Dutra conquistou uma de ouro e uma de prata, e o nosso eterno Odilon Maia Martins, do alto dos quase 90 anos, ficou com cinco medalhas de ouro. Mais de 800 remadores master participaram do sul-americano. Na foto, Carlos, Odilon e Liquinho.

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Giro Total

> Opções:

Quem mais investiu este ano no futebol em Santa Catarina? O Avaí. Até pela necessidade que se impõe, a Série A. Opções não faltam. Cabe ao técnico usá-las de forma competente e Barroca está no caminho.  

> Chances:

E quem tem mais chances de acesso? O Figueirense, na Série C, é uma real possibilidade. Dos nossos três representantes na Série B, as chances são iguais e ainda é cedo para definições. 

> Prejuízo:

O Avaí continua reclamando do fato de seguidamente jogar às segundas-feiras à noite. Alega, e com alguma razão, o prejuízo com a fraca presença de público. 

> Por outro lado:

Jogar na segunda-feira libera o domingo para o torcedor curtir a família. Tem muitos que gostam. Outros protestam, e alegam ser o domingo o dia do futebol.

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