Dizer que foi um ano difícil não é novidade para qualquer clube de futebol. Em se tratando do Figueirense, o limite é superado. E aqui não vale recordar tudo que fizeram com o clube, já de domínio público. Projetar o futuro, sim. O que fazer para recuperar a credibilidade do Alvinegro, especialmente na área do futebol? Vamos de futebol, já que a gestão cuida da administração nos seus vários segmentos.

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Sugestões devem chegar ao clube de todos os tipos. Baseado na performance de 2021, as medidas a serem tomadas precisam ser fortes e já começaram a ocorrer.

No meio da semana e depois de uma avaliação criteriosa. o Figueirense concluiu pela saida do técnico Jorginho. Profissional competente que realizou seu trabalho com o material que tinha, mas não conseguiu grandes resultados. No final da temporada ainda conquistou a Copa SC e, com ela, uma vaga à Copa do Brasil.

Dentro de um final de temporada e processo de renovação em andamento, era esperada a saída de Jorginho — mesmo que no íntimo ele desejasse ficar.

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Acho que ele cumpriu seu papel até onde foi possível. Já diziam os dirigentes da velha guarda: “Se não foi campeão e o grupo não respondeu ao seu comando por fragilidade ou qualquer outra razão, muda, é perdedor”. Avaliação forte, claro, mas precisa ser assim. Esta análise serve para o elenco.

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Era preciso mudar. Há informações de que novos investidores aguardam apenas a decisão da recuperação judicial do clube para se apresentarem.

É possivel também que seja contratado diretor executivo junto ao futebol, que formaria a nova comissão técnica do alvinegro.  Começa, então ,um novo projeto no Figueirense.

Quem fica?

O elenco, como um todo, tem poucos a permanecer no Scarpelli. Produziram muito abaixo do que se esperava. Do time atual, sem falar claro na prata da casa, eu ficaria com o meia Oberdan, que está emprestado e dificilmente continuará no cube.

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Dá para pensar na dupla de zaga. E reformulação já. Sei que será um final de ano de muitas reuniões, análises criteriosas dentro do plano financeiro que o clube tem ou terá para 2022.

Comando do futebol

Um executivo de campo já. Um experiente dirigente que tenha livre acesso ao cenário nacional e portas abertas na CBF. Um profissional do ramo e não de empresas ligadas a negócios. Não dá para misturar neste momento. O Figueirense precisa de gente que esteja 24 horas no clube, no CT, no estádio e nos treinamentos.

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O torcedor deve estar se perguntando ao ler a coluna: “Onde buscar dinheiro para fazer tudo isso?” Com planejamento, profissionais competentes, os investidores voltam junto com os patrocinadores. A marca Figueirense é muito forte. Precisa apenas que devolvam sua credibilidade ao mercado.

O Ano de 2021

Não termina bem, e não é só para o Figueirense. O que dizer da Chapecoense, que deu vexame na Série A? Do Criciúma, que caiu para a Série B do Campeonato Estadual, que foi para a Série C do Nacional, voltando agora à Série B.

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Do Joinville, que não consegue se levantar e ser aquele JEC que conhecemos. O próprio Figueirense, que continuará na Série C, e do Brusque, lutando muito para não voltar à Série C.

Resta-nos o Avaí, que neste domingo dá sua cartada final em Recife contra o Náutico na tentativa de recuperar a vaga na elite perdida pela Chape. Que ano, hein?

Ano Bom

Para a Seleção Brasileira, que conquista o direito de ir à Copa do Catar em 2022. Para o Atlético Mineiro, virtual campeão brasileiro sob o comando de Cuca. Para as meninas da ginástica rítmica, para o skate brasileiro na Olimpíada, O basquete e o vôlei de Blumenau, enfim, de positivo muito pouco. Vale registrar o time do Bragantino montado pela Red Bull.

Desastres

A arbitragem brasileira em 2021 está sendo de doer. Salve-se dois ou três árbitros de campo e nenhum do VAR, onde a confusão foi generalizada.

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Rogério Caboclo com cara de santo fez o que fez no comando da CBF. Leonardo Gaciba foi tocaiado por Sergio Correa no comando da arbitragem brasileira.

Renato Gaúcho chegou como Rei da Gávea e em pouco tempo virou vilão entre resultados, mau futebol e muitas vaias da nação rubro-negra.

O Grêmio no Campeonato Brasileiro, Santos, São Paulo, entre outros, estão na corda bamba.

Que ano, hein? Capítulo especial para o racismo que entrou em campo de forma furiosa em 2021. Cadeia neles.

Falta uma semana

Neste fim de semana, poderemos ter o encaminhamento das posições na Série B do Brasileiro. Nele está o Avaí, que joga neste domingo em Recife. Só a vitória mantém a esperança de acesso.

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No próximo fim de semana, a decisão da Copa Libertadores da América com dois brasileiros em campo, Flamengo e Palmeiras no Uruguai. E no início de dezembro a definição da Série A, o campeão, quem caiu para a Série B e quem chega a Libertadores e Sul-Americana, competições que Santa Catarina está muito longe.

​TOQUE DO BOB

Incrível

A Fesporte deixou passar o prazo de inscrição de Santa Catarina para os Jogos Paralímpicos Interescolares Brasileiros em São Paulo. A frustração dos atletas e pais foi muito grande. Alguns tinham adquirido passagens aéreas e reservado hotéis para assistir seus filhos no evento.

A presidente

Conversei com Jucilene da Paixão Moraes Homem, presidente da Aflodef (Associação Florianopolitana de Deficientes físicos) no programa Giro Total da CBN/Diário, e ela confirmou a ausência de Santa Catarina no evento.

Pronunciamento

Na Assembleia Legislativa, o deputado Jessé Lopes fez pronunciamento lamentando o esquecimento da Fesporte que frustrou mais de 100 alunos atletas de competir nacionalmente nas Paralimpíadas Interescolares em São Paulo.

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No pódio

E o catarinense André Gaidzinski chegou em quinto lugar na última etapa do ano da Porsche Cup do Brasil realizada no autódromo de Interlagos, preliminar do GP do Brasil de Fórmula 1. O piloto catarinense terminou a temporada com sete troféus conquistados.

Surpresa

Três chapas concorrem à presidência do Avaí no dia 4 de dezembro. Os notáveis avaianos estão numa chapa que não é a do atual presidente.

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