Terminou a lenta agonia vivida pelo Figueirense em 2019. O momento é de reflexão. O clube foi usado de forma indevida, tocaram gasolina, tentaram incendiá-lo mas a força da historia não permitiu. Uma notável e terrível lição que fica para todos os envolvidos. Terminou. O Figueirense sobreviveu e nem falo do futebol onde se vive altos, baixos, maus e bons momentos e sim da Clube , da nação alvinegra, dos nomes que trouxeram sua historia até aqui, daqueles que com sacrifícios as vezes pessoais sacrificaram-se pela vida do clube. O Figueirense foi mais forte e muitos não sabiam disso. Tentaram fechar suas portas, usá-lo como moeda de troca para qualquer negocio, gente que sequer conhecia o clube e nem qual era a sua razão de ser.
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A Retomada
Em boa hora restabeleceu-se a verdade. Os aproveitadores do futebol perderam. A Instituição, a cidade e o Estado venceram. Os verdadeiros alvinegros se levantaram para a recuperação do clube. Isso foi possível com o gigantismo da torcida, da própria imprensa e dos velhos alvinegros hoje comandados por um jovem que estava quietinho no seu canto, Francisco de Assis Filhos e acabou sendo o Dom Pedro do Figueirense quando virou imperador e deu o grito da independência ou morte. Entrou para a história do clube e hoje é nome respeitado e certo para qualquer composição de diretoria futura quew venha a ser feita.
W.O.
Humilhante, desesperador, triste para o futebol, o episódio transformou-se no fato maior e causador da recuperação, digamos, do Independência ou morte. Como estava não poderia mais ficar. Havia um limite suportável para o que estavam fazendo com o Figueirense e o W.O em Cuiabá foi a gota d’água para o levante.
Reparação
Do W.O a classificação e recuperação do time para a permanência na serie B depois de ser rotulado como novo integrante da serie C. Um capitulo a parte nesta historia foi protagonizada pelo meia Toni. Em sua entrevista ao repórter Kadu Reis, único aliás de Florianópolis presente á Maceió, fez revelações até então desconhecidas. Quuem não ouviu pode acessar o NSC Total, está lá na íntegra.
O que disse Toni
1 – Todas as decisões foram tomadas em grupo. Houve até discordância mas a maioria decidiu.
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2 – Discordei do W.O. e fui voto vencido. Pela entrevista e com muito cuidado Toni deixou escapar que teve até um atrito com Zé Antonio.
3 – Foi rotulado como cabeça do levante. Foi ameaça na rua quando estava com a mulher e filhos. Manteve-se firme. Ninguém sabia o que os jogadores estavam passando.
4 – Jurou amor pelo clube que o acolheu. Agradeceu ao Figueirense, usou expressões fortes contra o ex presidente, muitos elogios a todo grupo, mas ficou uma pequena mágoa com as vaias recebidas quando foi taxado por mercenário e outros adjetivos pejorativos.
Minha Opinião
Fui um dos que criticaram Toni ao longo do campeonato. Nada pessoal, apenas futebol. Esperava mais dele quando contratado. Nem o conheço pessoalmente. Hoje me sensibilizo com o que contou na CBN/Diário depois do jogo contra o CRB. Não foi líder de nada. Todos decidiram e o alvo nação era o Figueirense e sim o ex presidente de quem disseram tudo e mais um pouco.
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Rafael Marques também foi outra entrevista forte do repórter Kadu Reis. Enfim, desabafaram o que estava embuchado na garganta
Pintado
O técnico limitou-se mais ao futebol e teceu loas ao grupo de jogadores e comissão técnica, além da diretoria que recuperou o clube
Chiquinho o notável
A expressão é positiva. Usamos a muitos anos para definir gente importante, históricos dirigentes que tem serviços prestados ao clube. Chiquinho nunca teve entre eles por se tratar apenas de um torcedor que virou conselheiro presidente e finalmente por força das circunstancias presidente do Figueirense FC. Para mim e penso que para a grande nação alvinegra é o novo notável alvinegro.
Discreto, trabalhador, interessado nas coisas do clube que ama, Chiquinho é a grande surpresa do futebol catarinense em 2019. Posso dizer o dirigente do ano.
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Uma grande lição
É o que fica para os dirigentes do futebol. Decisões e todas sempre são importantes precisam ser tomadas a luz de muito dialogo devendo prevalecer sempre os interesses da instituição. Perder, ganhar ou empatar é do jogo. Isso passa, a instituição é eterna. Esquecer 2019? Nem pensar. Lembrá-lo sempre antes de qualquer decisão para que não se cometa novamente o terrível erro deste ano. Mãos interesseiras devem ser afastadas dos clubes. Esta é uma lição que o Figueirense deve aprender a fazer sempre. Que se cuide mais do nome, da nação, do representante de uma cidade e do Estado, que se respeite a historia do Figueirense FC.
E ao presidente vitorioso, Francisco de Assis Filho, obrigado por ter recuperado o Figueirense.