Coreia do Sul, 2002, cidade de Ulsan. Uma passada por uma das avenidas da cidade e me deparo com um caminhão cheio de jovens usando trajes típicos, com uma faixa diagonal no peito e, entre elas, um cidadão de terno preto, gravata borboleta preta e chapéu preto, mais parecendo o Zorro. Elas cantavam e ele sorria. O povo passava, olhava e seguia. Eu parei e fiquei tentando entender o que era aquilo.

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Eleição

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Imaginei ser um show, pois havia alguém com um instrumento acompanhando a cantoria. Mas como? Numa hora dessas, em plena avenida e ninguém assistindo? Era um pequeno comício eleitoral, com o cidadão de preto sendo o candidato a vereador. De 15 em 15 minutos, ele dizia uma frase. Detalhe: vereador, por lá, é voluntário, trabalha gratuitamente. Ah, se fosse aqui…

 

Mercado

Do comício que nada entendi, fui ao mercado público que era perto. Procurei saber se tinha tainha e qual era preço. Mas como me vou fazer entender? Algum botocudo me mandou dizer duas palavras que achei ser “peixe brasileiro”. A vendedora saiu cuspindo fogo, chamou segurança e eu sem saber nada. Procurei no dicionário as palavras e acho que ofendi a mulher.

 

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