Como dizia o jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues: “o Fla x Flu começou 40 minutos antes do nada”. Em proporção bem menor, o clássico Figueirense x Avaí começa sempre muito antes da data e hora marcada. Tudo por conta de uma rivalidade que nasceu em 1924, quando o primeiro encontro entre ambos foi realizado.

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Talvez por ser o primeiro, os times queriam mostrar logo quem seria o maior. O jogo foi cheio de confusão, com expulsões e alternativas no placar.

O tempo passou, os dois foram criando suas próprias torcidas, os times foram se organizando, viraram clubes, profissionalizaram-se, construíram estádios, entraram numa grande disputa no campeonato estadual, chegaram ao cenário nacional e tornaram-se duas potencias do futebol brasileiro.

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Hoje estão longe de ser aqueles dois times da capital que disputavam o campeonato citadino num único campo de Florianópolis e de forma bem amadora na formação dos seus elencos.

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Quem viveu a época certamente não esquecerá. Assistir um clássico no Adolfo Konder, junto ao alambrado, ouvir de perto o grito dos jogadores, o som da batida da bola e as torcidas se emocionado ordeiramente com o seu time, não tem preço.

Era uma geração do amor ao time, da idolatria a alguns jogadores, do respeito, da vergonha e do bom futebol.

O futebol era o chamado senadinho ou o Ponto Chic na Rua Felipe Schmidt, no Centro da Capital. Alí se encontravam não só torcedores, mas também alguns jogadores que se misturam ao povo para discutir o clássico. Formavam-se rodinhas de discussão na segunda-feira. Isso era possível porque todos os atletas eram de Florianópolis. Um detalhe: quem perdia não aparecia no centro. Tinham vergonha da derrota. Isso era amor à camisa.

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Hoje o atleta marca um gol, beija o escudo da camisa e no dia seguida vai embora porque o salário atrasou ou não lhe deram luvas para renovar.

O tempo passa. Saudosista? Sim, muita saudade do tempo que se jogava um futebol simples, criativo, com muitos gols sem fórmulas mirabolantes.

Tudo muda e não seria diferente no futebol.

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O clássico

A semana começa com a expectativa de mais um clássico na vida de todos nós. Atualmente nem Figueirense nem Avaí estão praticando um bom futebol. As dificuldades inerentes a um ano dificil estão a olhos vistos.

Uma semana para algum trabalho especial em direção ao jogo de sábado.

> Debate Diário analisa os jogos de Avaí e Figueirense e mira o clássico

Estranho, clássico sábado às 16h, um dia após as comemorações do Natal. Tem espaço para isso? Tem. Para clássico não tem dia hora ou local.

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Então vamos passar a semana falando do clássico, nosso melhor e maior produto.