A decisão não chega a surpreender o mundo esportivo, embora a Federação Catarinense não esperasse nova paralisação.

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O presidente Rubens Angelotti, emocionado e revelando muita tristeza, falou nesta sexta-feira (24) à noite a CBN/Diario e fez um desabafo. Criticou a decisão, até porque estava tudo encaminhado, com o futebol atendendo a todas as reivindicações solicitadas pelo protocolo imposto pelo governo.

Rubinho falou em politicagem muito forte para tentar justificar o ato do governo.

Na verdade, o novo decreto já era esperado e seu texto estende a suspensão do futebol até o dia 7 de agosto, justo o dia em que o Avai estréia na Série B do Campeonato Brasileiro.

Nem o presidente do Avaí e da Associação de Clubes Francisco Battistotti, que também falou à CBN nesta sexta-feira à noite, sabe o futuro do nosso campeonato. Terminar não será mais possível, por falta de datas.

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Se a Federação não conseguir reverter o quadro, Rubens Angelotti vai convocar reunião de diretoria para decidir como terminará ou o que fazer com o Campeonato Estadual.

As razões do governo estão visíveis. O aumento da proliferação de infectados em todo Estado. O numero de mortes que aumenta assustadoramente diariamente. O isolamento social que não está sendo devidamente cumprido com apenas 38% da população respeitando. Santa Catarina é o estado mais afetado no sul do país.

Os números e as determinações técnicas da Secretaria da Saúde do Estado foram determinantes para a suspensão do campeonato.

Todo o trabalho dos clubes, com os testes realizados, isolamento social dos jogadores, o protocolo dos médicos apresentado ao governo, a garantia de responsabilidade e respeito total às determinações, nada disso foi levado em consideração. Os números falaram mais alto.

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Não há como terminar o campeonato. Este ano entrará para a historia e não há como reclamar. A pandemia que atingiu o mundo e chegou no Brasil com muita força mudou as vidas de todos nós.

As autoridades decidiram no momento o que entenderam ser o melhor para as cidades e o Estado.

O tempo futuro poderá dizer que a decisão agora foi a mais acertada. É preciso entender.

Na minha visão, não há como criticar o governo, mesmo sendo homem do futebol e querendo jogo.

O Campeonato terminou.  Cabe agora a FCF decidir se teremos ou não um campeão.