Quando um garoto começa a pensar no futuro e opta pela carreira profissional de atleta do futebol certamente a primeira coisa que lhe vem a cabeça é fazer gols, estar na área, ser artilheiro, posição que vai lhe dar maior visibilidade junto à torcida. Claro, pois se o gol é o grande momento e a razão de ser do futebol, é a primeira posição que o moleque escolhe, ser um fazedor de gols. Posição esta cuja carência no futebol de hoje é muito grande.
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Já tivemos sim, em nível nacional, nomes consagrados como Zico, Roberto Dinamite, Romário, Dadá Maravilha, sem precisar citar Pelé. Uma nova geração, de Diego Souza, Thiago Galhardo, Gabigol, Fred, está em atividade. O futuro é a preocupação. Em Santa Catarina reclamamos muito da ausência deste homem.
Avaí, Figueirense, entre outros dos nossos times carecem do centroavante artilheiro e, por causa disso, tem penado em seus jogos. Mas não é só botar a bola pra dentro. Ela não entra por acaso. É preciso uma organização maior, a partir do trabalho em conjunto tático, que possibilite a bola chegar ao centroavante. Este é outro problema que nossos clubes também sentem.
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O futebol hoje está mais pobre, com a ausência de gols, e não é só por conta das retrancas de alguns técnicos, mas porque também atravessamos um período da falta deste jogador. Hoje no país temos Gabigol no Flamengo, com a marca de artilheiro. Quem mais? Calma, já chegamos lá. Os olhos do futebol brasileiro estão voltados para Chapecó. Lá reside o futebol de um garoto chamado Perotti.
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Este é o cara
Pedro Henrique Perotti, 23 anos, 1,86 m, 78 kg e um caminhão de gols a cada jogo da Chapecoense, onde atua. Jogador de uma colocação na área impressionante, cabeça erguida, bola alta ou baixa não importa, Perotti é o jogador que mais chama atenção dos grandes cubes brasileiros atualmente. A Chape sabe que mantê-lo no elenco não será fácil.
Diante da carência de goleadores no futebol brasileiro imagina se ele não será assediado para o campeonato brasileiro. Não me apego muito a estatísticas e elas são ricas quando mostram números do Perotti. Gosto mais de analisar a postura em campo, o senso de colocação ao acompanhar a jogada, a forma como ele participa, posicionamento. Nisso tudo, Perotti parece um veterano.

Sem comparação
Não há por aqui nenhum objetivo em comparar Perotti a qualquer outro artilheiro do futebol brasileiro. Cada qual em sua época e estilo de jogo. Também não há como comparar a característica de cada um. Como exemplo, dá pra lembrar Dadá Maravilha, jogador que a bola, às vezes, o atrapalhava. Mas se ela pintasse a sua frente na área, pronto. Já Romário era diferente: tinha classe, estilo, era cheio de qualidade e quando botava a bola pra dentro era com elegância e cheio de requinte.
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Não é bem assim
Há quem diga que o gol é bonito de qualquer jeito, desde que seja gol. Até da para concordar que é gol, é um só. Entrou, marcou. À luz da razão, dá para concordar. Quem gosta do futebol bem jogado, inteligente, não aceita um gol marcado de bico de chuteira. Este tipo de gol vem acompanhado de observações de pouca técnica. Mas vale.
Pelé era um virtuose na conclusão da jogada. Não tinha gol feio. A beleza da bola no fundo das redes vinha acompanhada de um brilho notável na concepção da jogada. Este, aliás, é um assunto que renderia uma revista inteira e um dia de debate. Há os que preferem o gol de qualquer forma. Sou adepto do gol bem construído. Vale a mesma coisa, dizem. Sim, claro que sim. A diferença está na beleza do lance, que engrandece o espetáculo.
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Vamos observá-lo
Perotti, nosso fazedor de gols em Santa Catarina, é a bola da vez. Observe a colocação dele em campo, a forma de atuar, de se posicionar ao acompanhar a jogada e a qualidade que tem para finalizar. O resultado é um só: fundo das redes. Ele tem tudo que um centroavante artilheiro precisa. O mais importante é saber fazer o gol e isso Perotti está muito à frente de tantos outros que chamam de artilheiro no futebol brasileiro.
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Toque do Bob
Conselho: O Conselho Estadual de Desportos será renovado no próximo mês. Roga-se cuidado especial na sua formação, afinal é o órgão que rege a política esportiva estadual.
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Passou: O dia 11 de abril foi celebrado como o Dia do Remador. Aqui no Brasil? Não, no mundo. A data é tão festejada quanto o Dia do Futebol. É a importância que dão ao remo, especialmente na Europa, algo que não fizemos por aqui.
Blumenau sempre: Já fizemos matéria e referências positivas ao trabalho que Blumenau segue fazendo no esporte. Sempre que se ouve algo a respeito de SC e alguma equipe se destacando vamos conferir: é de Blumenau. Recentemente o vôlei, sempre o basquete, futsal em outras épocas, enfim. Registre-se de direito e justiça.
97 anos: A FCF completou no último dia 12 mais um ano de criação. O presidente Rubens Angelotti disse na CBN/Diário que a entidade vive hoje do auxílio que a CBF manda e dos registros de atletas.
Chegando: O catarinense de Orleãns, Eder Citadini, hoje no São Paulo, começa a mostrar o bom futebol. Estava na China e a readaptação está sendo rápida. Tem bola para ser titular.
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Até quando? O técnico Jorginho está no limite. A cada jogo um desabafo. Tem feito isso de forma inteligente, mandando recados e puxando a orelha de atletas com seu jeitinho especial.
Não tem dinheiro: Jorginho sabe que não há solução no momento. Sem dinheiro, não tem como contratar. O time é este. Então, ficamos assim: ele sabe que a diretoria não pode lhe cobrar mais do que tem sido feito, e que terá de ir com o que tem até quando aguentar.
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