Alguma novidade? Nenhuma. O novo diretor executivo do Avaí veio para mudar. Seu projeto futuro passa por uma grande reformulação no futebol do clube. Está apenas esperando terminar o campeonato brasileiro, mas nos bastidores já está tratando do grupo que vai ficar e não são muitos para as mudanças que vão acontecer.

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Se não for assim, não há razão para sua presença.

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A entrevista

Na quarta-feira (13) à noite após o empate com o Vitória, ele foi à sala de imprensa para amenizar a situação. Esta é uma das suas habilidades: contemporizar. Elogios à parte pela atuação do primeiro tempo do Avaí e algumas observações que serviram de recado para os entendidos.

Traduzindo

1 – Mesmo tendo dito que no momento certo vai conversar com o técnico Claudinei Oliveira sobre o elenco, não quer dizer que o profissional permanecerá no clube.

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2 – Está ouvindo dos profissionais da casa avaliações sobre o elenco para decisões futuras.

3 – Entendi até que profissionais podem ser remanejados para outras funções.

4 – O Avaí precisa diminuir gastos e vai começar pela folha salarial. Isso significa dizer que os medalhões dificilmente permanecerão em 2021 quem tiver contrato encerrando.

5 – Marco Aurélio disse que não veio ao Avaí para passar o rodo (expressão sua), mas o clube precisa se adequar aos novos tempos. Entenderam?

6 – Finalmente salvou o time inteiro com sua forma simpática de criticar. Usou muito a frase: os grandes profissionais e os grandes clubes erram, não é só aqui no Avaí. É do futebol.

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Conclusão

Numa avaliação simples, nos pareceu que uma grande reformulação será feita, mas de forma gradativa e cuidadosa para evitar o famoso “caça às bruxas”.

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O Técnico

Disse na CBN/Diário que não acredito na permanência de Claudinei Oliveira, o que até pode acontecer pois é um bom profissional.

O novo diretor executivo do Avaí deve ter na manga do paletó o nome-chave para comandar o Avaí.

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Alguém até já buzinou (raposa felpuda) o nome de Milton Cruz, com quem trabalhou muitos anos no São Paulo. Claro, a negativa virá imediatamente, porque o momento é de apoio ao grupo que entende ainda há chances de chegar ao acesso.

Particularmente, não tenho nenhuma informação e acho mesmo que não é o momento de se falar em nomes, pois o Avaí tem técnico e ninguém disse no clube que ele não ficará após o campeonato.

A entrevista do Marco Aurélio Cunha merece uma grande avaliação, como todas que concede à imprensa. São cheias de entrelinhas e palavras cruzadas para serem decifradas.

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Do outro lado 

Na parte continental da Capital, as coisas também estão tensas. A irritação do técnico Jorginho após a derrota para a Chapecoense nos passou esta impressão. Não pode ser diferente, afinal, o time viu sua situação mais complicada na tabela de classificação.

No fundo, Jorginho sabe que não pode tirar muito mais do que está conseguindo do futebol alvinegro. As dificuldades que está tendo para justificar os maus resultados provocaram sua irritação.

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Verdade também que mesmo com seu conhecimento e experiência, o técnico tem cometido alguns equívocos na leitura dos jogos. Sabe que sim, mas não pode escancarar na sua análise. Tem sido político.

Nesta sexta-feira (15), mais um jogo com cara de decisão diante de um time que se recuperou no campeonato, o Brasil de Pelotas.

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O Figueirense ainda vive respingos de 2019/2020, período em que quase fecharam o clube. Felizmente a recuperação está em andamento, mas é gradativa e o futebol sofre.