O titulo é parte da letra de Luiz Bonfá para a trilha sonora do filme “Orfeu” e me remete aos bons tempos em que as manhãs de domingo eram parte da nossa vida esportiva. O saudosismo veio por conta de um papo com o extraordinário Guga Kuerten esta semana. Três modalidades esportivas me tiravam o sono na virada do sábado para o domingo.
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Quem não viveu esta época não faz a menor ideia do que estou a recordar: o remo, automobilismo e o tênis. Era feliz e não sabia. Imagine, leitor, 9h de um domingo ensolarado depois da missa na catedral e o público se encaminhando para assistir o remo na Baia Sul da Capital.
Nosso melhor esporte
Quem não viveu a época não tem ideia do que representou o nosso remo para o Brasil. Os clássicos da Capital entre Aldo Luz e Martinelli com o Riachuelo fazendo a diferença. O América, de Blumenau, os clubes de Itajaí nos campeonatos estaduais, nossa presença na Lagoa Rodrigo de Freitas e nos sul-americanos.
Enfim, o remo me traz uma saudade misturada com a emoção de tê-lo vivido, inclusive com transmissões históricas do rádio e da TV, uma grande novidade na época. O público na Baía Sul ao lado do mar era enorme, com torcidas fanáticas a exemplo do futebol. Inesquecível.
Fórmula 1
Do remo ao surgimento do pequeno gigante Ayrton Senna foi uma bela virada do mar para as pistas de automobilismo. O Brasil parava para velo através das transmissões da TV Globo. A ida no acidente de Ímola tirou o brilho da Fórmula-1 e deixou viva em nossa memória a história de um campeão jamais esquecida.
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Em 1990/1991, encontrei o Galvão Bueno em Copacabana com quem trabalhava na época na rede OM. Coisa passageira. Ele estava indo para Angra dos Reis almoçar com o Senna. Escalei-me, vou junto. “Não fosses convidado. Vai tomar um banho de mar”. Quase, quase almocei com Senna.
