Foi em 1976 que nasceu o Joinville Esporte Clube. As dificuldades financeiras de América e Caxias, duas potências da cidade, impuseram o melhor para ambos. A fusão técnica do futebol com separação dos patrimônios de cada um.
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O grande capitão da negociação foi João Hansen Neto (Cia. Hansen Industrial) com a participação dos filhos Joãozinho e Cau, além de dirigentes do Caxias e América. Valdomiro Schutzler foi eleito o presidente. Era oriundo do Caxias. As cores claro, preto e branco do Caxias e Vermelho e branco do América. Nascia o tricolor vermelho, preto e branco para conquistar títulos.
Foram 12 até agora. Proporcionalmente a sua existência é o maior número de títulos do Estado em tão pouco tempo.
A formação de seus times nunca deixou dúvidas sobre as conquistas. Quase imbatível. O JEC, como foi denominado carinhosamente pela cidade, teve até jogadores da seleção brasileira e nomes consagrados do futebol brasileiro. Paulo Egidio, Barbieri, Wagner Bacharel, Borrachinha, Valdo, Jacenir, Alfinete, Geraldo Pereira e o grande Nardela fizeram do JEC um dos trimes mais respeitados do país em sua época.
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Valdomiro Schultzler foi o grande nome fora de campo com um comando de pulso firme e muita visão para o futebol.
Nomes históricos do clube como Mauro Bley do Nascimento e o filho o médico Claudio, Afonso Schutzer, Osni Fontan, Gerd Bagendoss, José Pereira Sagaz, Alirio Davi, Carlos Alberto Virmond, enfim, todos foram decisivos para o sucesso do Joinville.
Na imprensa, o apoio nunca negado de Joel Ferreira do Nascimento, Marco Antonio, José Mira, Luiz Carlos Carvalho, Pedro Lopes, Nei Botto Guimares e o saudoso Ramiro Rudguer, entre outros.
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Tive o privilégio de chefiar a delegação do JEC numa excursão ao norte, nordeste e sudoeste do país a convite do presidente Valdomiro Schultzler como agradecimento ao apoio ao seu futebol. Fomos a Belém, Fortaleza e Rio de Janeiro.
Três jogos para classificar às finais do brasileiro no fim dos anos 70. Passamos pelo Remo em Belém, pelo Ceará em Fortaleza e empatamos em São Januário com o Vasco com um gol de falta do Dinamite em cima do encerramento do jogo. Perdemos ali a classificação.
Um orgulho e honra que me foi dada pela diretoria do Joinville na época.

Nesta sexta-feira (29), o JEC completa 45 anos. Em todas as solenidades que lembram sua história não pode faltar o fantástico Nardela, a imagem do próprio clube.
Agora é fundamental para o futebol catarinense a recuperação do JEC. Voltar a ser vitorioso, forte, com presença no cenário nacional, tudo é muito importante para Santa Catarina.
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Parabéns, JEC. Volte forte.