Momento de recordar. Relembrar o que sempre foi bom é de lei. As lembranças do velho e bom futebol brasileiro e o Carnaval como um todo estão na história que vivemos. Do Carnaval que ocorreria neste fim de semana lembramos das disputas entre as grandes sociedades que nos brindavam com um trabalho artístico de qualidade, especialmente nos chamados carros de mutação, únicos no Brasil.
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Vídeo: familiares homenageiam sambistas vítimas da Covid-19
Os desfiles dos blocos que abrilhantavam as noites em volta da Praça XV de Florianópolis. A disputa ferrenha entre os clubes e os bailes para os associados. O tempo criou o Municipal com o concurso de fantasias, o baile da piscina, dos artistas, o vermelho e preto, enfim, intensas atividades durante o Carnaval.
Veio o desfile das escolas de samba já no esquema um pouco mais profissional, assumiu o Carnaval como a principal atração, os bailes foram parando, inclusive o público em frente à Catedral Metropolitana, os sujos foram diminuindo, o sábado à tarde do centro limitou-se a poucos foliões, especialmente os travestidos e hoje o carnaval vive do desfile das escolas de samba e do Berbigão do Boca.
Existem ainda no interior da ilha o Zé Pereira na abertura do carnaval no Ribeirão da Ilha e nada mais. Em Joaçaba, um bom desfile das escolas de samba precisa ser registrado. Até hoje, não conseguimos entregar o Carnaval totalmente à iniciativa privada. Sem os recursos da prefeitura não tem desfile. Houve algumas tentativas.
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A construção da passarela Nego Quiridu tirou o Carnaval da Praça XV, onde o desfile se misturava com os blocos e as grandes sociedades. Antes disso, a Avenida Paulo Fontes foi palco dos desfiles das escolas e manteve o movimento central. Hoje, vivemos de recordações daquele que foi considerado o terceiro maior Carnaval do Brasil. Sem pandemia, este final de semana seria dedicado ao Carnaval.
E O FUTEBOL?
Novamente vivemos uma semana de comparações entre a Europa e América do Sul. Na disputa, ainda estamos longe. O Palmeiras não foi o representante que esperávamos no Mundial de Clubes. O Botafogo do Rio voltou à segunda divisão e fez a imprensa recordar, Garrincha, Didi, Nilton Santos, Amarildo, Zagalo, Quarentinha entre outros. Autentica hora da saudade.
Em SC temos dois grandes na terceira divisão do Campeonato Brasileiro: Criciúma e Figueirense. Para compensar, temos também o campeão da Série B, a Chapecoense. E estamos torcendo pela recuperação do Joinville. Dizem que o futebol evoluiu com as fórmulas modernas. Tenho dúvidas.
RENOVANDO
E com todos os problemas da pandemia, os nossos clubes, louve-se, ainda conseguem sobreviver. O momento é de preparação para o Estadual 2021. Bem ou mal, a renovação está acontecendo. O Figueirense foi ao mercado e praticamente renovou o time. A torcida reclama da falta de nomes famosos nas contratações que foram feitas no Maranhão. Não vejo problemas. Para qualquer segmento de trabalho é preciso ter qualificação. O resto é bobagem.
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DECISÃO
O São Paulo se distanciou, o Santos se perdeu com competições paralelas. O Palmeiras idem, que ainda briga pela Copa do Brasil contra o Grêmio. Este último está priorizando a Copa do Brasil. No mais, os coadjuvantes brigam por uma vaga na Libertadores, e aí inclui-se o Fluminense, que surpreendentemente entrou na briga.
O Flamengo voltou para a briga, com o tropeço do Internacional na última quarta-feira para o Sport. O duelo entre os dois no dia 21 tem tudo para ser a grande decisão do campeonato.
TOQUE DO BOB
> Discussão: Prós e contras na torcida do Avaí quanto à renovação do zagueiro Betão. O jogador aceitou uma diminuição dos vencimentos para permanecer.
> Atitude: Acho que isso deveria ser considerado. Betão é avaiano, identificou-se como ninguém com o clube e a cidade. Não só ele. A esposa radicou-se por aqui e os filhos adoram a cidade. Está comprometido. É isso que falta no futebol.
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> Falta pouco: Semana que vem vamos começar a tratar do Campeonato Catarinense de 2021. A maioria dos clubes parece estar escondendo o jogo. Até agora nenhuma contratação bombástica.
> Fora de campo: Hemerson Maria no Criciúma, Vinicius Eutrópio no Joinville, Diego Coelho, a novidade do Metropolitano, Claudinei Oliveira no Avaí, Jorginho no Figueirense, Humberto Louzer permanece na Chape, Jersinho Testoni no Brusque. Parece que os grandes nomes estão mesmo fora de campo.
> Nem pensar: O Estadual não terá arbitro de vídeo. O custo é altíssimo. Somente nos jogos decisivos poderemos ter esta ferramenta tão reveladora.
> Muito bom: Blumenau continua dando as cartas e jogando de mão. O vôlei masculino está na Superliga nacional. O basquete masculino firmou um contrato com o Flamengo para representá-lo na divisão de acesso do NBB. O futsal de Concórdia, Tubarão, Jaraguá, Joinville continuam bem no cenário nacional.
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> Jasc: Santa Catarina parece estar acordando para a volta das modalidades que sempre se destacou. Nosso remo vai bem, surf e skate também, a vela continua produzindo revelações. Com a mudança anunciada na Fesporte os Jogos Abertos de SC poderão voltar ao cenário esportivo.