Dois meses no isolamento social é tempo suficiente para uma grande reflexão do que estamos vivendo e da nossa responsabilidade. Já se disse tudo a respeito do coronavírus e os respectivos efeitos. Já perdemos muitas vidas. Não se tem até agora nenhuma informação concreta de quando vamos poder respirar mais aliviados.

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Na semana que passou surgiu uma luz capaz de permitir a discussão para s possível retomada do futebol. Houve até uma boa dose de otimismo pela imprensa e dirigentes especialmente. A volta do futebol neste momento seria um ato de irresponsabilidade? Precisamos correr este risco?

Ninguém mais do que nós, que estamos nesta atividade há anos, deseja a volta da bola rolando nas alegres tardes de domingo. Por outro lado, o futebol está na UTI, agonizando e precisa de uma vacina determinante para o salvamento. Só a retomada imediata dos trabalhos vai salvá-lo. Os cofres dos clubes estão no limite do suportável.

Precisamos do futebol, mas necessitamos muito mais salvar nossas vidas. Tenho saudade dos encontros nos estádios, amigos, colegas de trabalho, o torcedor, o jogo em si, as transmissões dos jogos, tudo isso faz parte da nossa vida. Isso voltará a ser possível se apertarmos o cinto agora, se formos responsáveis, atendendo as determinações da saúde. Enfim, se quisermos viver um pouco ou muito mais.

A vida é bela, já dizia o diretor e ator italiano Roberto Benigni.

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Perda natural

A partir do momento em que o futebol parou os patrocinadores também foram no mesmo caminho. Se você não entrega o produto, não recebe. A televisão, por exemplo, espera há dois meses pelo reinício das atividades para restabelecer o pagamento. São duas cotas devidas e os clubes entendem a situação.

Os patrocinadores

A dupla da Capital, e acredito que outros clubes também, tiveram cancelados dois patrocinadores importantes, que retornarão com a volta do Campeonato Catarinense. Junte isso a bilheteria dos jogos e a perda de sócios e teremos aqui R$ 500 mil, em números redondos, que deixaram de entrar nos cofres do Avaí, e perto de R$ 400 mil no Figueirense.

Todos os clubes do Estado reduziram a folha salarial e demitiram funcionários, tudo dentro do que o governo permitiu. Uma forma de aliviar as despesas em tempo de coronavírus.