Uma vitória com sabor de título. Mais uma disputa carregada de comprometimento do grupo. Um pacto foi feito e ele está sendo cumprido. O Figueirense dá sinais de que a permanência na Série B do Campeonato Brasileiro vai acontecer. Os dias de suplício estão chegando ao fim.

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A terceira vitória consecutiva do Alvinegro foi construída com mais posse de bola, sem pressa e, bem verdade, com poucas chances criadas. No primeiro tempo, pouca qualidade, nenhuma emoção e chances que não apareceram. O jogo oi equilibrado sem superioridade de ninguém.

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Na etapa final, o Figueirense começou em cima e por pouco não tomou o gol em dois momentos que o Cuiabá não soube marcar. E como quem não faz leva, o Figueirense foi ao ataque e o zagueiro Guilherme Thiago marcou.

Daí pra frente, o técnico Jorginho começou a mexer no time e não foi feliz. Tirou Alecsandro e Bruno Michel e matou a jogada de velocidade pela ponta, perdendo também a contribuição de recomposição do Alecsandro. Nem Itinga, nem Erison acrescentaram ao time, que recuou e sofreu forte pressão do Cuiabá.

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Apareceu a qualidade do goleiro Rodolfo Castro, que no final do jogo fez duas defesas salvadoras. É claro que as alterações na equipe podem ter sentido a partir do desgaste físico de alguns jogadores. Tivemos também o cansaço antes da hora do meia Guilherme e a saída de Nonato que tirou o trabalho de bola de meio de campo.

Acabaram os problemas do Figueirense? Claro que não. Há muito o que corrigir e isso o técnico Jorginho sabe. O problema é que não há tempo para nada além de viagens, jogo e pouco treinamento. Neste sábado, valeu a vitória, os três pontos, a mudança do clima, a esperança de melhores dias. Enfim, o Figueirense está em fase de recuperação.

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Marchetti durante um dos treinamentos do Atlético de Ibirama, quando o time ainda disputava a Série A do Campeonato Catarinense (Foto: Orlando Pereira, Divulgação)

Perda

Genésio Ayres Marchetti (foto) estudou no Colégio Catarinense de Florianópolis, jogou no Avaí, viveu a história dele em Ibirama, no Alto Vale do Itajaí, onde foi prefeito, empresário bem-sucedido e um desportista que projetou a cidade. 

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Neste sábado perdemos Marchetti, vítima da Covid-19, em São Paulo, onde se tratava. Tinha 82 anos e estava prestes a tentar trazer de volta ao cenário do futebol o Atlético de Ibirama. Não conseguiu. Uma perda lamentável de uma figura querida de Santa Catarina.

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