Juventude e Figueirense jogaram para vencer. Não poderia ser diferente. Era uma decisão e como tal teria de ser jogada. E foi. Os dois tiveram chances enquanto o placar estava em branco. Buscaram soluções para marcar. O cansaço de ambos dificultou a conclusão de algumas oportunidades criadas.
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O jogo se arrastou até o finalzinho, quando coisas estranhas começaram a acontecer.
O Figueirense que estava melhor no jogo abriu o placar com um lance irregular que a arbitragem equivocadamente confirmou. A bola saiu pela linha de fundo e o lateral Renan Luiz não quis saber. Acreditou e cruzou para Erison cabeçear deu a impressão que o a vitória estava conquistada.
Um minuto depois, o goleiro Rodolfo Castro cometeu um erro primário que não poderia cometer. Ele perdeu o tempo da bola e foi encoberto com o atacante do Juventude, entrando com bola e tudo, empatando o resultado do jogo que já não era bom.
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Uma falha imperdoável que custou caro para a história alvinegra.
Já nos acréscimos, o gol da vitória do Juventude. Um escanteio e Rogério subiu sozinho de cabeça para decretar a tragédia sofrida pelo Figueirense.
Na verdade, o jogo foi igual e diria até que o Figueirense teve momentos superiores.
O imponderável se encarregou de dar cifras finais ao jogo.
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A responsabilidade do goleiro Rodolfo está toda sobre seus ombros.
É preciso dizer também que a campanha do alvinegro catarinense foi totalmente irregular. Em nenhum momento passou esperança de dias melhores.
O que fez o alvinegro em Caxias do Sul acreditando que podia vencer, colocando o time mais a frente, jogando com desejo de vitória, marcando bem, isso nós vimos somente contra o Juventude. Durante o campeonato vimos outro Figueirense na competição.
E agora?
O prejuízo é muito grande. Até domingo o torcedor alvinegro vai dormir pensando no gol e na falha sofrida pelo goleiro Rodolfo.
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Menos mal que o Náutico jogará fora e contra o Cruzeiro que também fez um campeonato irregular.
Buscar culpados só no jogo de Caxias do Sul, onde o goleiro se encarregou de liquidar o Figueirense tomando um gol que nem amador aceita. Aliás, o Figueirense vem há alguns anos rondando a série C do campeonato brasileiro, fruto de gestões danosas e até amadoras.
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Esperar o fim da competição para uma reavaliação do futebol alvinegro, que foi entregue em 2020 a mãos incompetentes e que não tinha nada a ver com sua história, nem com futebol.
Jorginho, como explicar?

O mais fácil, e para não crucificar o goleiro, é dizer que ele foi infeliz. Mas, isso não convence e o torcedor não aceita. Da mesma forma que o gol de Abimael entrou para a história do Figueirense no acesso contra o Caxias, no Orlando Scarpelli, a falha de Rodolfo também entra para a história negativa do clube.
O técnico Jorginho entrou na coletiva a imprensa acusando o golpe. Não poderia ser diferente. Explicar como?
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Com dificuldade para falar do jogo, ele preferiu dizer que não acabou e que “vamos lutar até o fim”. E ainda enalteceu o goleiro que salvou o time muitas vezes: “a profissão de goleiro é isso aí mesmo. Hoje fecha amanhã falha”.
Jorginho insistiu que ainda não terminou e pediu para esperar os jogos finais. Sinceramente, Jorginho não conseguiu falar do jogo. Foi pelo lado psicológico insistindo nos jogos finais.
Análise final de tudo só depois do último jogo. Acredita que ainda é possível.