A história do Figueirense é muito rica. Neste domingo a nação alvinegra vê passar o primeiro ano depois do centenário. A fundação do clube, já relatada inúmeras vezes, é também um marco no futebol catarinense. A importância sempre foi reconhecida a ponto de provocar a fundação de outro clube na cidade, que veio a ser o grande e eterno rival. Entre lágrimas e sorrisos, tempos difíceis e conquistas, o estádio é patrimônio de valor crescente e a nação alvinegra nunca negou o apoio através de uma grande paixão.
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Nascido em 1921, já no dia 31 de maio de 1924, no primeiro torneio início oficial da história do nosso futebol promovido pela Liga Santa Catarina de Desportos Terrestres, o Figueirense conquistava o primeiro título em uma final contra o Avhay, em jogo disputado no gramado do Ginásio Catarinense. Nomes importantes estão na ata de fundação do clube. Com respeito a todos que tiveram a brilhante ideia de criar um time de futebol, que seria mais tarde uma potência catarinense, vou pelo caminho do que vivi e o crescimento que acompanhei do alvinegro, desde 1948, no primeiro jogo que assisti contra o Paula Ramos.
O crescimento passou por presidentes como Thomaz Chavez Cabral, Heitor Ferrari, Valdir Albani, Humberto Machado, José Mauro Ortiga, José Carlos Silva, Prisco Paraiso e porque não o baixinho simpático que deu nome ao estádio, Orlando Scarpelli. Vivi com todos um pouco da história, as dificuldades, a superação e grandes conquistas. Outros dirigentes cravaram também os nomes na vida do clube. Faltaria espaço para nominá-los.
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Nascido no bairro Figueira, na Rua Padre Roma, esquina com Conselheiro Mafra, como um despretensioso time da rua por ele passaram jogadores que engrandeceram a vitoriosa camisa. Citar os que hoje jogam por este mundo e passaram por aqui tira um pouco da importância daqueles que trouxeram o time até os dias atuais. Gosto de lembrá-los, pois vi jogarem em épocas amadoras honrando a camisa. Não dá para esquecer os serviços prestados por Balduino, Toninho, Trilha, Bertoncini, Dumiense, Albeneir e tantos outros atletas e dirigentes.
Neste domingo o Figueirense completa 101 anos de glórias ao futebol catarinense. Há muito o que comemorar sim. A recuperação do clube pela atual diretoria, a luta para voltar a Série B e chegar à Série A, e a grande torcida, que jamais o abandonou. Como todo grande clube tem os momentos difíceis e o Figueirense não foi diferente.
Gestões administrativas desastrosas quase fecharam o clube. Felizmente não conseguiram. Parabéns, nação alvinegra.
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Geração de 1950
A geração atual não viu atletas como Procópio Ouriques, Calico Moritz, Júlio Camargo, Bráulio, Gil Losso, Élcio Góes, Betinho, Toinho Botelho, Erico, Dolly, Romeu, Geraldo, Chinês, Garcia, enfim, a geração de 1950, que poucos alvinegros sabem que conquistou um pentacampeonato da cidade, de 1947 a 1951.
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Hegemonia
A geração José Mauro da Costa Ortiga trouxe de volta a hegemonia do futebol catarinense para a Capital. Com ela, o ingresso no Campeonato Brasileiro como primeiro clube catarinense a dele participar. Títulos de 1972, 1974, a melhor de três com o rival para definir o nosso representante no Campeonato Brasileiro.
Assim como a campanha de 1975, com a histórica vitória sobre o Bahia em Salvador, a chegada a Florianópolis e o desfile em carro aberto do corpo de bombeiros, era a retomada da capital no futebol.
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Melhor técnico
Discute-se até hoje qual foi o grande técnico da história do Figueirense. Muitos nomes são sempre citados e prefiro dois deles. Jorge Ferreira, um carioca que veio do Olaria trazido pelo Major Ortiga e que revolucionou o futebol catarinense, e Lauro Búrigo, o bruxo que mais títulos conquistou no futebol de Santa Catarina.
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Seleção
Outro dia me pediram uma seleção de todos os tempos do Figueirense. Vamos lá: Dolly (Da Costa); Pinga, Jailson, Levir e Vacaria ou Carlos Roberto; Sergio Lopes, Adairton e Jorge Luiz Carneiro; Marcos Cavalo, Tião Marino e Moacir. Quanta gente boa ficou de fora!
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Giro Total
> Copa do Mundo:
A nossa Seleção está pronta? Acho que não. Tite precisa definir algumas posições. Evoluiu? Sim, cresceu bastante. Tem tudo para chegar bem no Catar.
> Favoritos?
Os de sempre. Alemanha, Argentina, França, Bélgica, Inglaterra, Holanda. Não se iludam com resultados de amistosos.
> Problema:
Depois dos dois amistosos na Ásia esta semana o técnico Tite cobrou do time mais objetividade nas conclusões. Quer dizer. Chega de firulas e tabelinhas dentro da área. É preciso marcar.
> Memória:
O futebol catarinense perdeu José Pereira Sagaz, ex-diretor do Caxias, de Joinville, e homem importante na fusão que criou o JEC. Perdemos também um amigo. O futebol ficou lhe devendo uma grande homenagem.
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