O futebol catarinense será sacudido por um fato inusitado. A família do ex-presidente da FCF, Delfim Pádua Peixoto Filho, vai ingressar com uma ação indenizatória na Justiça do Trabalho, em Balneário Camboriú, cobrando o valor de R$ 20 milhões da Federação.

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O motivo

A alegação é de que o ex-presidente era funcionário da entidade e como tal teria direito a uma indenização após sua morte, ocorrida no acidente aéreo do voo da Chapecoense em novembro de 2016, na Colômbia.

A visita

Embora não tenha sido notificada, a FCF tem conhecimento da ação, até porque dois filhos do ex-presidente estiveram na sede da entidade conversando sobre o assunto e deixando claro que iriam acionar a Justiça do Trabalho.

A defesa

A Federação consultou extraoficialmente os advogados da CBF, que não viram nenhuma chance da ação prosperar. Isso porque, Delfim era presidente eleito, tinha mandato e não podia ser funcionário.

Custos

Ao propor a ação trabalhista indenizatória no valor de 20 milhões, se perder, a família arcaria com as despesas dos honorários dos advogados na casa de R$ 2 milhões.

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Como pagar?

E se perder a ação, a Federação não teria como pagar os 20 milhões nem mesmo se vender a sede que tem o nome de Delfim. Tão pouco poderia vender o terreno, que é da prefeitura de Balneário Camboriú. Curiosamente, uma raposa felpuda me garantiu que na FCF ainda trabalham quatro parentes da família, colocados justamente pelo ex-presidente e, por sinal, todos muito competentes. A coluna procurou a entidade para falar do assunto, mas o presidente Rubens Angelotti não quis se manifestar.