O Japão resistiu até onde foi possível. O boicote internacional estava sendo anunciado e os Jogos Olímpicos, se realizados este ano, seria um fracasso. Sem as grandes potencias esportivas do planeta. O japonês é um povo super disciplinado e constatei isso em 2002, quando lá estive por ocasião da Copa do Mundo juntamente com a Coréia do Sul.
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Você entra em um restaurante e não consegue ser atendido se não cumprir algumas regras impostas pelo país. Como exemplo, você senta, vem um garçom acompanhado de uma moça que traz consigo uma bacia de água quente e uma toalha. Enquanto você não lavar as mãos e as enxugar, não está apto para ser atendido. Higiene é prioridade número um.
Na ruas ou avenidas ninguém atravessa na frente de algum idoso, se você estiver caminhando e perceber que algum idoso está atrás, é comum parar para que ele o ultrapasse.
Nos trens, nenhum idoso viaja em pé. O que mais me chamou atenção; Eles embarcam em uma estação para saltar 14 ou 15, ou seja, quantas estações a frente. Sentam e dormem ou ficam no celular ou computador sem levantar a cabeça. Pois eles saltam certinho no lugar destinado. Penso que contam mentalmente os números de paralisações para saber quando devem descer. E quando dormem? Acordam certinho.

Jogos Olímpicos
Tão disciplinados que são, certamente não fariam mesmo, esta Olimpíada na atual situação. Apenas esperam a hora certa de tomar a decisão precisa e necessária. Foram investidos milhões e milhões no evento que precisam ser preservados. Lá não se rasga dinheiro e a prestação de contas é séria.
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Daí a razão de adiarem para 2021 o maior evento do planeta. Há razões de sobra que justifiquem a decisão.
24 de março de 1974: A enchente de Tubarão
Estava me dirigindo a Criciúma estreando um Chevette que havia comprado na ocasião. Lá daria a partida numa prova de kart que tinha o meu nome na programação de inauguração do Kartódromo Diomício Freitas, onde era o estádio Euvaldo Lodi na metropolitana onde jogava o Metropol. Era por volta de 4 da tarde.
Quando cheguei perto de Tubarão, resolvi entrar na cidade e fui direto visitar o grande amigo Salim Mussi então presidente do Hercílio Luz. Pai de Michel Mussi outro grande amigo acabei ficando para o almoço. Perto de 13h30min, Salim Mussi me disse: "Se eu fosse você voltaria para Florianópolis".
Fundos de sua residência com dois andares avistava-se o rio Tubarão que ele me alertou; O Rio está subindo muito e pelo jeito vem aí muita chuva. Como você está com mulher e filhas no carro recomendo retornar. Foi o que fiz e por isso escapei da enchente mais violenta sofrida no Estado onde perto de 5 mil pessoas morreram.
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O Rio Tubarão começou a transbordar perto das 17h30min, e eu já havia chegado a Florianópolis enquanto as noticias começavam a surgir.
Hoje, 24 de março, faz 46 anos da tragédia. Era um domingo e já na segunda-feira não entrava nem saia ninguém. Sobrevoei a cidade com Darci Lopes presidente da TV Cultura e fizemos imagens espetaculares. O estádio Anibal Costa (Hercílio Luz) foi varrido e depois reconstruído.
O Prefeito de Florianópolis, Newton Severo da Costa é natural de Tubarão e foi incansável na ajuda a sua cidade como outro trabalho notável foi do então Governador Colombo Salles. Tubarão foi castigada violentamente e o ocorrido pode estar entre as mais importantes cobertura que participei em toda a minha carreira jornalística.
Mais sete dias
Acompanhando a prorrogação do decreto do governo do Estado que estendeu a mais sete dias o confinamento social, a FCF também divulga a portaria que estende a ausência de expediente por mais sete dias.
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Paralisação Total
Dos clubes poucas novidades. Todos respeitando as decisões das autoridades mantendo-se inativos. Na CBF reuniões a distancia, vídeo conferencia, na busca de soluções que ninguém sabe quais serão e quando virão.
O problema financeiro é o que mais preocupa no momento. Sem futebol tudo bem. Sem dinheiro é outra coisa. Situação financeira vai se agravar muito. Tem clube já tentando uma redução de salário neste período. Há resistência.
O Presidente do Criciúma, Jaime Dal Farra, proprietário da Resicolor, fabrica de tintas, vai disponibilizar cinco mil litros de álcool as autoridades do município para ajudar a combater a pandemia do novo coronavírus.