Foram 21 dias de tratamento intensivo. Mais de um ano de isolamento, cuidados especiais, máscara, ninguém por perto, duas saídas de casa no período, uma para exames e outra para levá-los ao médico. Momentos de tensão, emocional a toda prova e o filme que roda em nossa memória com a pergunta básica. Será que escapo dessa? 

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Quando vejo o povo ou parte dele em baladas, desfilando sem a menor preocupação (sem os cuidados necessários), aglomeração, tudo que não é recomendado fico imaginando o que esse pessoal pensa da vida: que valor estão dando à própria existência?

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Alguém já disse que o maior presente que neste momento se pode receber é a vida. Quem não pensar desta forma está na contramão da própria existência. Estou de volta. E posso dizer: não senti na pele a força do vírus.

Não tive os sintomas mais perigosos da Covid-19, como falta de ar, febre, diarreia, fortes dores pelo corpo. 

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Quem sabe pelos meus cuidados diários com o isolamento, máscara mesmo dentro de casa, tenha controlado a doença de uma forma que me permitiu retornar ao convívio diário. As orações me acompanharam, a fé nunca me abandonou e o momento é de uma única palavra: gratidão. Nunca estive só. Gratidão a todos.

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DEPRIMENTE

Neste período de afastamento, o futebol me acompanhou no dia a dia. Algo deprimente me chamou a atenção. Uma reunião da CBF comandada pelo presidente Rogério Caboclo com os clubes. Não conhecia o lado sombrio e desastroso do presidente da CBF. Ele convocou uma reunião para não deixar ninguém falar e dizer que tinha de atender algumas ligações. 

Usou palavras inadequadas, falou de cabeça baixa com a mão sobre a testa como se estivesse psicografando alguma entidade e mandou todos embora. Não é o presidente que o futebol brasileiro precisa.

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OS GRANDES 

Quem pode surpreender a Chape? A dupla da Capital, teoricamente, seria uma possibilidade. Com o futebol que andam jogando Avaí e Figueirense não há como acreditar nisso. O Brusque é a bola da vez. Está a cada rodada consolidando sua posição no futebol catarinense.

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Há ainda o crescimento do Joinville, cujo objetivo é estar entre os quatro primeiros colocados. E a grande decepção até agora chama-se Criciúma.

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O ESTADUAL

O baixo rendimento da dupla da Capital, o crescimento do Joinville, a confirmação do Brusque e a Chapecoense sobrando no campeonato. Constatações simples dentro de uma realidade atual do nosso futebol.

Temos campeão? Claro que não Po-rém, há uma distancia técnica grande entre o favorito e os demais postulantes ao título.

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E O CAMPEONATO? 

Vai se segurando aos trancos e barrancos. Em meio à Copa do Brasil, viagens, jogos cancelados, locais estranhos para o cumprimento do calendário, enfim.

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Louve-se a luta da FCF para evitar uma paralisação, que neste momento seria muito prejudicial aos clubes.

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TOQUE DO BOB

> Muito estranho: Campeonato Paulista sendo jogado no interior do Rio de Janeiro, Copa do Brasil em Saquarema (RJ), futebol aos domingos, às 21h, aos sábados, às 22h. A CBF precisa assumir de vez o comando do futebol brasileiro.

> Estaduais: Neste período de pandemia voltou-se a discutir os campeonatos regionais. Para que servem? Os clubes não o querem. Única vantagem é poder usar garotos da base para fazer laboratório com vistas ao Campeonato Brasileiro. É pouco, mas exatamente por isso eles não acabam.

> Vantagem: Nem a disputa interna em direção ao número de títulos tem sido bom argumento para se defender o Estadual. Pessoalmente, acho que eles precisam continuar. Não se pode jogar fora uma tradição que mantém e acirra a rivalidade no futebol.

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> Fórmula: O que precisamos é evitar de inchar o campeonato com o aumento de clubes. Quanto mais curto, mais qualidade, melhores jogos, mais equilíbrio, um pouco mais de emoção. Aqui fizemos o contrário: aumentamos para 12 o número de participantes.

> Destaque: Thiago Alagoano, do Brusque, começa novamente a se destacar no Estadual. Jogador de boa qualidade, comanda o time com incrível identificação e vai levando o Bruscão a vitórias importantes.

> Quem mais? Exceção a equipe da Chape, onde há valores já conhecidos, não vi ninguém chamando atenção com bom futebol.