Passo pela redação da NSC TV e percebo uma discussão amigável e inteligente entre dois gigantes da comunicação: o editor-chefe do Jornal do Almoço, Túlio Borges, e o grande repórter Ricardo Von Dorff. Parei a distância para identificar o tema da conversa: Seleção Brasileira, qual a melhor de todos os tempos? Falavam muito no time do Telê Santana, de 1982/1986, e justificavam o futebol arte da época, com opiniões bem fundamentadas.

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Ouvi atentamente concordando com uma série de opiniões, quando Túlio percebeu minha presença e gritou: “Bob, qual foi a melhor Seleção Brasileira?”. Na tampa: a de 1958. Um certo espanto. Justifico a preferência. 

Uma seleção que tem Garrincha, Pelé e Didi não pode ser inferior a nenhuma outra. De quebra, Beline, Zito, Nilton Santos e Zagalo valorizando a posição de ponta-esquerda, virando terceiro homem de meio-campo.

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Meio que franziram a testa. E quando ameacei falar do goleiro não deu tempo. Von Dorff atropelou: “Goleiro não, o maior de todos foi Tafarel e não tem discussão”. Respeitei a condição de colorado. Silêncio na redação. Não disseram, mas percebi que não concordaram. 

Claro, a velha guarda discutiria um pouco mais além. E a de 1950, com Ademir, Zizinho, Jair da Rosa Pinto, Danilo Alvin. A diferença está no título, e perder uma copa dentro do Maracanã derruba por terra toda defesa que se possa fazer daquela seleção. 

Perguntei ao grande Juca Kfouri sobre a melhor Seleção Brasileira de todos os tempos. Na tampa, de novo: a de 1958. Referiu-se à de 1970 e as seleções do Telê, além do pentacampeonato, que tinha Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo e Roberto Carlos, entre outros.

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Jamais vamos concordar ou definir exatamente qual foi a melhor e a discussão voltará sempre que estivermos próximos de uma Copa do mundo ou mesmo nas Eliminatórias. Tempos diferentes, é impossível a comparação. 

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Saí da redação de fininho, olhei para trás e os dois ainda discutiam em voz mais baixa. Certamente diziam: “Não sabe nada”.

SEM COMPARAÇÃO

Toda vez que alguém perguntar sobre a melhor Seleção Brasileira de todos os tempos não há como responder. Em 1950, tínhamos Zizinho, que os antigos dizem que jogava mais que Pelé. Mais tarde a era Pelé e depois Ronaldo Fenômeno. O técnico que brigava pelo futebol arte, habilidade e o futebol bem jogado não conseguiu ser campeão do mundo. Em 1954, a Hungria encantou o mundo com Puskas e companhia e perdeu o título para a Alemanha. Em 1994, o Brasil foi tetra com uma seleção que não encantou, mas tinha Bebeto e Romário no ataque. São ciclos que vão mudando o futebol e isso aconteceu a partir de 1974, quando o técnico Rinus Michels deu ao mundo o carrossel holandês, comandado por Johan Cruyff.

E HOJE?

O que podemos esperar da seleção que disputa atualmente as Eliminatórias da Copa de 2022? Muito pouco, a julgar pelo que está jogando. Nosso futebol vive de Neymar. Se ele está bem, a seleção vai bem, caso contrário empaca. Que outro grande jogador teria condição de levar o Brasil ao título?

NOSSO FUTEBOL 

Estamos em plena disputa do Campeonato Brasileiro, nas quatro séries. Simultaneamente, há Copa do Brasil, Libertadores e Sul-Americana, além de Copa América e Eliminatórias da Copa do Mundo. No Velho Continente, a Eurocopa. Enquanto por aqui nada está acontecendo, com uma Copa América passando sem o menor interesse e pouca qualidade, na Europa as seleções estão voando em campo, mandando sinais de que em 2022 a Copa do Mundo deverá ficar novamente por lá.

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FAVORITOS 

Brasil e Argentina, bem ou mal, sempre estarão entre os favoritos para ganhar a Copa do Mundo. Tradição apenas pelo que já foram no futebol mundial. O continente europeu tem muitos favoritos. Exemplos não faltam: a rejuvenescida Itália, a sempre surpreendente Espanha, a vice-campeã atual Croácia, o eterno e bom futebol alemão, a Inglaterra, a excelente Bélgica e a atual campeã França. Tecnicamente, estamos longe da próxima Copa.

GIRO TOTAL

> Homenagem: 

A Federação Catarinense de Remo em pareceria com a Secretaria de Esporte e Juventude de Florianópolis homenageia neste final de semana o centenário do Figueirense, com a disputa de uma regata no sábado, dia 26. Estarão na Baía Sul: Riachuelo; Martinelli; Aldo Luz; América, de Blumenau, e Associação de Remo, de Presidente Getúlio. As provas terão a distância de 250 e 500 metros.

> Bastidores:

Expectativa nos bastidores do futebol brasileiro e especialmente na CBF. Com o afastamento do presidente Rogério Caboclo, o secretário-geral Valter Feldmann também está fora. Os clubes estão em trabalho de bastidores para que Caboclo não retorne mais ao comando da CBF. Ele, por sua vez, tenta o apoio do presidente Jair Bolsonaro, e o jogo passa a ser político. Vem uma briga grande, onde o futebol, mais uma vez, pode perder para a política.

> Chapecoense:

O Verdão do Oeste Ainda não venceu sob o comando de Jair Ventura. Está melhorando a cada rodada. Mas precisa mais. É nossa única vaga na elite. 

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> Na Série B:

O Brusque está melhor classificado que o Avaí, até porque venceu o duelo na Ressacada. 

> Na Série C:

O Criciúma dá sinais de recuperação. O Figueirense cresceu, mas falta muito para pensar em acesso. Está reforçando e aí, mérito para a diretoria, que encontra fôlego financeiro não sei como. LA Sport será? 

> Na Série D:

O Joinville é o melhor da quarta divisão nacional, onde temos ainda Juventus e Marcilio Dias, precisando melhorar bastante.

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