Um ano e dois meses em isolamento. Quatro saídas de casa no período. Uma para exames anuais de rotina, outra para levar os resultados ao médico e as duas doses da vacina Coronavac. Meu isolamento impõe uma atividade diária intensa desde 10 de março de 2020, quando passei a trabalhar em home office. Leio que comprovadamente é o melhor caminho contra a Covid-19, aliado ao uso de máscara e vacinação. Ainda assim, há risco.
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Imagino o que pensa essa turma que insiste em festinhas, baladas, praia, aglomeração e o risco de ser internado em um hospital e não voltar. Pessoas que não estão nem aí para a vida. Pior, transmitem a outros o tão perigoso vírus durante os eventos que participam. Com tudo isso, nosso Estado está em queda dos números da pandemia, fruto da responsabilidade da outra parte da população, a maioria, que sabe do grande perigo que estamos passando e quer viver, pois quem sabe tem muito ainda o que fazer por aqui.
A vacinação tem sido fundamental e a contribuição tem ajudado a diminuir os números. Se aquela outra parte do povo colaborasse, seguindo as determinações das autoridades de saúde, quem sabe a situação seria outra. De qualquer sorte, estamos em fase de superação. Estou particularmente neste momento rezando pelo meu amigo Renan Dal Zotto, técnico da Seleção Brasileira masculina de vôlei, que luta contra a Covid-19. O vírus não escolhe idade, sexo, religião, cor, nem o momento de atacar.
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O esporte, em todas as modalidades, tem sido alvo do coronavírus. Para eliminá-lo, precisamos de todos. Por isso, insisto: vacina sim. Os números ainda são altos e mesmo assim melhoramos. Devemos graças aos profissionais da saúde, que têm arriscado as próprias vidas para salvar outras. Dedicação, carinho e muito trabalho de médicos, enfermeiras, pessoal de apoio e voluntários Sem eles, não sei o que teria acontecido.
Volto a este assunto porque precisamos estar permanentemente em alerta.
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Alto risco
O esporte está passando sem a devida relevância. Brusque foi por alguns dias a capital brasileira do basquete e poucos souberam disso. Futsal, surfe, skate, remo, estão passando e alguns até agonizando. A rigor, o vôlei através da Superliga foi destaque no encerramento das atividades, antes do embarque para a Olimpíada.
O mundo está no aguardo de, a qualquer momento, estourar uma notícia vinda do Japão sobre uma nova suspensão dos Jogos Olímpicos. A Ásia Oriental voltou a preocupar, e muito. Corremos esse risco. Particularmente, torço para que esta notícia não venha.
O futebol
E o futebol. Em estado de pré falência mas em atividade. Sem público, patrocinadores se afastando, nenhum investidor, não se sabe até quando vão resistir. Estão chegando para a fase decisiva do campeonato estadual de futebol os que se prepararam para a disputa do título. Nenhuma surpresa. A Chape continua sendo a grande favorita, enquanto Brusque e Avaí correm por fora. No início do campeonato projetou-se um Avaí e Chapecoense para a grande final. Pode acontecer, embora o Brusque esteja com a vantagem no duelo contra o Avaí nas semifinais.
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Deu a lógica
Os resultados das quartas de final confirmaram os prognósticos da semana. A única dúvida era no confronto entre Juventus e Marcílio Dias. O time de Itajaí confirmou a boa fase e eliminou a equipe de Jaraguá do Sul. As vantagens agora estão com Chapecoense diante do Marcílio Dias, e Brusque contra o Avaí.
Diferença em campo
A Chapecoense tem Perotti, o artilheiro do campeonato. O Brusque tem Thiago Alagoano, também um fazedor de gols. E o Avaí? É o que lhe falta no momento. O homem referência de área. O centroavante. Isso pode ser o diferencial na hora da decisão. Até aqui a Chape tem essa vantagem.
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Retomada esportiva
Portaria 441 combinada com a 386 assinada pela governadora do Estado autoriza a pratica esportiva no Estado. A turma do futebol ficou atenta à evolução dos acontecimentos, pois abre-se a possibilidade da volta do público aos estádios de forma controlada.
A partir da próxima semana a governadora pode assinar novo decreto regulamentando a atividade futebol.
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> Governo do Estado autoriza a retomada das atividades esportivas
Giro Total
Sem folga: Na expectativa do inicio da Série C do Brasileiro, o Figueirense trabalha duro no CFT do Cambirela. Enquanto a diretoria tenta fechar parceria com investidores, o que continua difícil, o time aprimora o condicionamento físico.
Avaliação: Nenhuma informação sobre o elenco, quem fica e quem sai. O período é de avaliações, ainda que a estreia diante do Novorizontino-SP no Brasileiro não esteja muito longo. A torcida espera notícias sobre reforços.
Limpa: Enquanto isso, o Criciúma aproveita para limpar a casa e enxugar a folha de pagamento com algumas dispensas de jogadores que não estão nos planos. Isso só não basta.
Quem: Uma renovação no quadro diretivo a partir de homens que entendam de futebol precisa ser feita. O Tigre tem exemplos de montagem de elencos mal sucedidos e só profissionais do ramo podem evitar nova catástrofe. É hora de rever trabalhos anteriores que levaram o clube a esta situação atual.
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