De vez em quando me deparo com algumas frases ou observações sobre o futebol que me levam a algumas reflexões. A frase título da coluna é uma delas e tem a ver com a performance dos nossos representantes no Campeonato Brasileiro. Há muitos exemplos. 

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Chapecoense, Avaí e Brusque fizeram um bom Estadual, mas precisam de muito mais para o Brasileiro. Por quê? O nível técnico é outro, diz a grande imprensa. É relativo, penso eu. Pois ao começar o campeonato percebemos que os outros participantes também tem lá suas dificuldades e limitações. A grande maioria se reforça com um ou dois jogadores no máximo e vai para a disputa cheia de razão.

Entrei neste assunto porque também tenho batido na mesma tecla do nível de competição nacional em relação ao estadual. Veja bem: a Chapecoense liderou o Campeonato Catarinense em grande parte e perdeu o título para o Avaí. Ambos contrataram dois ou três novos jogadores e até agora pouco mudou. Ainda estão a desejar e buscando soluções contra os adversários, que também têm as suas fragilidades.

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O caso mais flagrante fica por conta do Brusque, que começou com aproveitamento acima da média e vem caindo a cada rodada. Terceiro lugar no Catarinense vai brigar para seguir na Série B. É inferior tecnicamente aos outros? Nem tanto. Os estaduais mostram um futebol e depois o nacional revela algumas dificuldades.

O que querem dizer é que o estadual não serve de base para jogar o nacional. Isso não é apenas para SC. A Série A nos mostra o Bragantino acima dos grandes e milionários elencos do futebol brasileiro. A Série B nos traz o Náutico com o mesmo time do Campeonato Pernambucano.

Vejo alguns jogos em qualquer série e fico em dúvida quando alguém diz: “Este jogador não serve para série tal, só para o estadual”. Por quê? O nível é outro.

NOSSA PERFORMANCE 

Temos oito representantes no Campeonato Brasileiro. Quem está melhor até agora e dando sinais de que pode chegar ao objetivo no final? O Criciúma, na Série C. Nossa vaga na elite pode aumentar em 2022? Acho difícil e estou analisando pelo que está acontecendo no momento. 

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A Chapecoense terá de melhorar muito para segurar a vaga e Avaí e Brusque, que brigam pelo acesso, ainda precisarão de muito mais futebol. A vantagem é que temos muita estrada pela frente. Há tempo para arrumar a casa. O Figueirense, com todas as dificuldades, contratou e está tentando arrumar a casa com a competição em andamento. 

Vamos admitir que é cedo ainda. Mas j á está ficando tarde.

NÍVEL? EIS A QUESTÃO

Duas competições em andamento simultaneamente nos mostram a realidade do futebol atual: Eurocopa e Copa América. Longe de uma comparação, que não deve nem pode existir, o nosso continente está muito abaixo do que chamamos de futebol de qualidade, organização, competição e objetividade. 

Pois tudo isso estamos vendo na Eurocopa, sem o molejo e o individualismo que já perdemos há tempo no nosso futebol. Brasil e Argentina já não jogam com a mesma qualidade. Nós dependemos de Neymar e os vizinhos ainda de Messi. Os sul-americanos pararam. Ninguém cresceu. Nenhuma seleção é novidade. Ainda vivemos de Brasil e Argentina e muito abaixo do que podem. 

AS NOVIDADES

Na Eurocopa parece que Hungria, Dinamarca, República Tcheca, Inglaterra, Itália, Espanha e até a Suíça estão recuperando o bom futebol de outra época. Seleções como Portugal e Croácia, vice-campeã do mundo na Rússia, não evoluíram.

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A França então, a grande favorita com o mesmo time campeão de 2018 foi eliminada. Com a derrota da Alemanha para a Inglaterra o caminho está aberto.

RECORDAR

A França de Fontaine, artilheiro de 1958; a Inglaterra de 

Sir Bobby Charlton, condecorado pela rainha Elisabeth; a Itália; a Alemanha de Gerd Muller; a Holanda de Cruyff, e o Brasil de Garrincha, Pelé, Didi, Nilton Santos, Zito, Beline… Nossa como era bom o nosso futebol. E as seleções de 1970 e 1982? E agora?

GIRO TOTAL

> Rafael Westrupp, presidente da Confederação Brasileira de Tênis, chegou a Confederação Sul-Americana. Com projetos bem definidos o manezinho vai longe.

> Um clássico nas águas da baia sul em Florianópolis, era tudo que faltava na ilha. Pois Aldo Luz (Figueirense) E Riachuelo (Avaí) preparam-se para uma regata inédita, organizada pela Federação de Remo.

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> Muito bem recebida pela torcida do Avaí a repatriação do goleiro Vladimir, que estava no Santos.

> Renan Dal Zotto está recuperado. Nosso técnico da Seleção Brasileira masculina de vôlei está “inteiraço” para mais uma Olimpíada em sua vida. Ele confirmou a presença em Tóquio durante o programa Estádio CBN, na última terça-feira, dia 29.

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