Dos 100 anos do Figueirense, vivenciei 63. Inclusive, o primeiro jogo que assisti, aos sete anos de idade, foi do Alvinegro no antigo Estádio Adolfo Konder. Vi o zagueiro Deodoro Trilha chorar ao falar do Figueirense e lembrar do amor por vestir a camisa do clube. Vi Thomaz Chaves Cabral, grande benemérito, passar dias no terreno que seria o futuro estádio ajudando a capinar e dizendo: “Aqui vai ser nosso estádio”.
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Vi esta figura notável chamada Orlando Scarpelli sorrindo de felicidade em 12 de junho de 1960, no primeiro jogo oficial do estádio contra o Atlético Catarinense. Vi o recorde de público do estádio no jogo Figueirense x Vasco, em 1975, com 32.800 torcedores, com transmissão ao vivo para a TV Tupi do Rio de Janeiro.
Vi o primeiro gol em jogo noturno, na inauguração da iluminação do Estádio Adolfo Konder, os panelões, como chamávamos os refletores. Foi de quem? Bráulio, do Figueirense, em um jogo contra o Avaí. Vi Tião Marino marcar o gol no Adolfo Konder que levou o Figueirense a ser o primeiro clube catarinense a disputar o Campeonato Brasileiro, em 1973.
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Vi, o que considero um dos melhores times da história do Figueirense: Dolly (rivalizava com Adolfinho a disputa de melhor goleiro do Estado); Chinês e Garcia; Romeu, Bráulio e Geraldo; Moraci, Ned, Urubu, Gil e Meireles.
Não há espaço capaz de abrigar tantas histórias, feitos, bons e maus momentos, títulos. O crescimento da nação alvinegra, personalidades como o Paulinho da Charanga; Claudinho, o famoso Della France; Djalma do Piston; Deto e Tuca, autores do hino do clube, e quem não lembra do Astí, que chegava nas sociais gritando Figueira, Figueira…
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E como não lembrar do saudoso repórter Evaldo Luiz, que acordava os técnicos à meia-noite pra saber se todos os jogadores já estavam na concentração. Certa vez, deu um pontapé no bandeirinha Alcemir Crispim, que havia anulado um gol do Figueirense.
Nossa, são 100 anos. É muita historia. Parabéns, Figueirense! Há muito o que comemorar.
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