Em tempo de pandemia conseguimos terminar o nosso Campeonato Catarinense em campo. Para mim uma vitória, pois cheguei a acreditar que não teríamos mais a conclusão da competição com a bola rolando.
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Vitória do futebol, dos dirigentes que lutaram pela sua conclusão, dos clubes que não queriam um campeão por decreto, enfim, méritos para a FCF, Associação de Clubes, imprensa, autoridades que entenderam a importância do futebol num momento terrivelmente difícil.
Com isso, ficou claro que em Santa Catarina nosso melhor futebol é praticado em Chapecó. A volta que a Chapecoense deu para chegar ao título precisa ser analisada profundamente pelos demais clubes. Sem falar nas dificuldades financeiras, na recuperação do clube, nos problemas de salário, tudo isso foi para segundo plano. Prevaleceu a capacidade de recuperação, a qualidade do futebol, a emoção colocada na competição e, sobretudo, a vontade de chegar aliada à competência do grupo, o que faltou aos demais concorrentes. Título legítimo e super valorizado.
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E o Brasileiro?
Também aqui vamos encontrar a Chapecoense como nosso melhor representante até agora. A valorização do título estadual está na condição de que foi obtido em meio à disputa do Brasileiro da Série B – e que boa competição está fazendo o time do Oeste de SC até aqui. E isso chama-se também comprometimento. É claro que temos ainda todo um campeonato pela frente, mas os demais terão de melhorar muito.
Um nome
Paulo Magro, presidente da Chapecoense, pode não entender de futebol, mas conhece muito de administração e liderança de grupo. Competente, definitivamente entrosado com o projeto de recuperação do Verdão do Oeste catarinense, Magro chegou e restabeleceu a verdade do clube que sempre foi de respeito nacional e de qualidade no futebol.
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Outro nome
Humberto Louzer, o técnico que chegou e deu uma arrumada na casa da Chape. De quase rebaixado levou o Verdão à conquista do sétimo título estadual. Humilde e com trabalhos reconhecidos pelo interior do Brasil, o ex-volante busca galgar voos mais altos no futebol brasileiro. Vai conseguir certamente.
O vice do estadual
Uma cidade que respira futebol, um time de qualidade que venceu tudo neste ano: o Brusque tem méritos por chegar ao vice-campeonato. Único catarinense ainda na Copa do Brasil, lidera o seu grupo da Série C do Brasileiro e tem tudo para mais uma conquista, o acesso à Série B, para 2021. O desafio no momento é passar pelo Ceará e avançar na competição.
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Toque do Bob
Os melhores
> Em 2020 foram muitas as novidades no futebol catarinense. Os melhores do ano, votados pela imprensa, estão numa relação organizada pelo Instituto Mapa.
A decisão
> Em quem você votaria leitor? Três técnicos estão selecionados: Humberto Louzer (Chape), Jersinho (Brusque) e Jorginho (Juventus).
E o árbitro?
> Diego da Costa Cidral, Rodrigo D’Alonso Ferreira ou Rafael Traci.
E a revelação?
> Luiz Henrique, o lateral-esquerdo do Juventus está relacionado. Que tal Denner, da Chapecoense? Outra dúvida, e de difícil escolha, está no quesito craque do campeonato. Thiago Alagoano é nome forte. Há quem prefira Luiz Otávio, o zagueirão campeão.
E o Presidente?
> Uma disputa boa. Normalmente vota-se no campeão, mas nem sempre isso acontece. Paulo Mago (Chape) ou Danilo Rezini (Brusque): um deles deve ter seu nome quando o envelope for aberto.
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Seleção
> Para cada posição a imprensa votou e na relação do Top da Bola constam três para cada uma. Um exemplo apenas: o goleiro: João Ricardo (Chape), Zé Carlos (Brusque) ou Frigeri do Avaí?
Outras escolhas
> Ainda teremos igualmente a escolha de preparadores físico, assistentes de arbitragens, jogador mais versátil. Ainda não está marcada a data para abertura dos envelopes.