Direito de resposta

A coluna sempre primou pela a verdade absoluta de suas informações aliadas a comentários responsáveis. É assim há mais de 50 anos de atividade jornalistas. Certamente de tão longo período é possível surgir alguma informação que posteriormente não venha a ser confirmada o que procuramos a correção imediata, e se possível abrindo espaço a quem de direito. 

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Pois ocorreu na semana passada algumas observações sobre o atrasado de salários no Avaí que envolveram a denúncia dos jogadores ao Sindicato dos Atletas Profissionais. Este entende que houve distorção de alguns informações, o que dá direito à coluna abrir espaço ao Sindicato para que ele possa veicular sua versão. Que fique claro que em nenhum momento ultrapassamos o limite da responsabilidade jornalística nem se feriu a imagem de ninguém. 

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Por entender o jornalismo de duas mãos, aqui está então a versão dos fatos enviadas pelo Sindicato dos Atletas Profissionais:

“O Sindicato dos Atletas Profissionais de Futebol do Estado de Santa Catarina, por seu presidente, Marcelo Alexandre da Silva Cruz, em direito de resposta, vem esclarecer as informações que foram veiculadas de forma distorcida na coluna do Sr. Roberto Alves em 26/08/2021.

Primeiramente, a intenção do sindicato não é “tirar pontos do Avaí”. A intenção do sindicato é que os atletas, que são funcionários do clube, empregados, com contrato de trabalho, RECEBAM seus salários, em atraso. O cerne da questão é esse: O AVAÍ NÃO ESTÁ PAGANDO OS SALÁRIOS DOS ATLETAS. Os atletas estão jogando, e fazendo uma campanha de acesso à série A, sem a devida contraprestação pelos serviços prestados. Se tenta desviar o foco do problema, desvirtuando a finalidade da denúncia, que é fazer garantir DIREITO CONSTITUCIONAL BÁSICO, de recebimento de salário. O Avaí se submete aos regulamentos das competições das quais participa.

Quanto à denúncia, os próprios atletas entraram em contato com sindicato no dia 04 de agosto de 2021.

Em 05 de agosto, o Sindicato se reuniu com clube, na Ressacada, na presença do Presidente Batistoti, dr. Sandro Barreto, Marco Aurélio Cunha, Marquinhos Santos e outro diretor do clube, onde notificou o clube acerca da situação.

Assim, em 20 de agosto, o Sindicato foi informado pelos atletas denunciantes que o clube chegou em um acordo com os mesmos, prometendo a regularização até o dia 05 de setembro.

Se vê que em 20 de agosto findou o prazo para a regularização TOTAL, já permitindo ao sindicato ou aos atletas, o protocolo da denúncia no STJD, o que não foi feito até o momento, tendo em vista o acordo feito entre as partes: atletas e clube.

Assim, a medida adotada, conforme trazido na publicação desta coluna e criticada por terceiros, trouxe, sim, paz social, visto que o clube apresentou aos atletas uma proposta, com plano de pagamento, e que foi aceita.

Ademais, com relação as informações veiculadas, causa estranheza não ter sido o sindicato procurado pelo colunista, mas sim um terceiro que não tem qualquer envolvimento com a situação. A credibilidade, portanto, da informação, resta comprometida e se demonstra tendenciosa, eis que eventual responsabilidade pela perda dos pontos não é do sindicato ou dos atletas, mas sim do clube, que não está cumprindo suas obrigações.

O Regulamento da Competição Série B 2021, traz a previsão de que deve haver a denúncia pessoal do atleta ou representado por advogado, ou, ainda, pela entidade sindical (art. 17 do REC). Portanto, referente aos demais clubes, o sindicato não recebeu denúncias, não podendo agir de ofício.

Por fim, a relação entre o sindicato e os clubes de futebol de Santa Catarina sempre foi e continuará no sentido de engrandecimento do futebol catarinense, na base do diálogo e cooperação mútua. Tanto é verdade que os participantes da reunião ocorrida em 05 de agosto, em especial o Dr. Sandro Barreto e o diretor Marquinhos Santos, atleta de futebol, tem as portas abertas, amistosa e respeitável relação com a diretoria do Sindicato e seu departamento jurídico.

Att

Marcelo Alexandre da Silva Cruz – presidente Sapfesc”