Não tem jeito. A cultura do futebol brasileiro impõe momentos que chegam a tristeza para um profissional. Em Recife, o Sport, tradicional equipe brasileira, contratou o técnico Gilmar Dal Pozzo. Profissional competente com trabalhos reconhecidos. O primeiro problema encontrado foi ele já ter sido técnico do Náutico, um dos rivais do Sport.
Continua depois da publicidade
Receba notícias de Santa Catarina pelo WhatsApp
A torcida torceu o nariz, mas aceitou e ficou esperando o momento de se manifestar. A cada resultado que não fosse uma vitória as vaias eram ouvidas no estádio. O empate contra o Brusque, em casa, foi a gota d’agua. Demissão imediata sem levar em consideração uma análise fundamentada.
Vejamos:
- Foi demitido por causa de um empate em casa. Não houve derrota.
- Não foi observada a posição do time na tabela da Série B do Campeonato Brasileiro.
- O Sport, no momento, ocupava o 5º lugar, um ponto atrás do quarto e com muitos jogos pela frente.
- Em julho abre a janela que possibilitará a contratação de jogadores para quem precisar reforçar o elenco.
- O Sport precisa ir ao mercado.
Conclusão:
Mais um profissional cujo trabalho não foi respeitado e nem analisado como um todo. No mesmo patamar está outro profissional. Guto Ferreira estava levando para o Bahia a esperança de retornar à Série A com uma campanha excelente.
Continua depois da publicidade
Bastou uma derrota que não estava no roteiro do clube, e para uma equipe tida como inferior, e veio a ordem da demissão. Outros profissionais têm sofrido na pele a falta de respeito e critério nas decisões relacionadas ao trabalho dos treinadores no Brasil.
Figueirense empata e torcedor vaia o técnico
Dança dos técnicos
A famosa dança dos técnicos começa muito cedo a cada ano. O que os clubes precisam é analisar bem antes da contratação dos profissionais e respeitá-los, especialmente quando publicamente é visto o bom trabalho que é realizado em muitos casos.
Jorginho
O Marcílio Dias trouxe de volta a Santa Catarina o técnico Jorginho, de bom trabalho no Juventus, de Jaraguá do Sul. Sua passagem pelo Figueirense não foi de toda ruim, mas um pouco atribulada pela falta de elenco na época e pelas dificuldades financeiras.
Jorginho é do ramo, ex-jogador, conhece muito de futebol, mas vai depender do grupo que terá nas mãos para trabalhar.
Continua depois da publicidade
Clube Aldo Luz, em Florianópolis, resgata a história do remo e suas conquistas centenárias
Treinador: profissão perigo
Dorival Jr costuma dizer: no futebol não há projeto e sim vitórias. Se elas não vierem não há projeto que resista.
Pressão no futebol é uma coisa comum. Há quem diga que os profissionais sabem disso e já se acostumaram. Não devia. você começa um trabalho e não sabe quanto tempo estará empregado.
Contrato? Não existe ou não é respeitado. Os clubes preferem pagar multa e aumentar a dívida do clube para, na maioria das vezes, não ouvir a pressão das arquibancadas.
É o futebol brasileiro, muito difícil, e bem diferente do que ocorre na Europa, onde os profissionais são respeitados.
Continua depois da publicidade