O que é o futebol, a paixão do Brasil? Um painel, um debate, uma conversa de botequim, uma conversa de arquibancada, o poder da bola que rola de pé em pé, enfim, uma bola brasileira e um pé verde e amarelo marcando um gol… O futebol é tudo isso e muito mais. Já houve quem tenha dito que até a bandeira brasileira quando desfraldada, faz tremular uma bola.

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Pois estamos às vésperas de mais uma Copa do Mundo. Hora de o Brasil discutir a Copa em todos os cantos do país. E por mais que o assunto esteja em discussão, nunca vamos chegar a uma conclusão definitiva sobre a arte de jogar bola.

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O futebol não nos foi dado e sim conquistado. Quando trazido da Europa, em 1895, pelas mãos e os pés de Charles Miller, ficou limitado à camada poderosa financeiramente da população. Somente quando a bola foi entregue ao povo é que o futebol se tornou popular, ganhou força e acabou apaixonando multidões.

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Difícil a definição do que é o futebol, a sua paixão entre os povos. Então, vamos discutir a seleção. Também impossível, pois vamos esbarrar na opinião de quem mais entende, o torcedor. Por isso, mesmo ao nos aproximar de mais uma copa, reacende-se a discussão da convocação, da qualidade, do perfil, da formação e das possibilidades da nossa seleção.

Diz a história que sempre que saímos para uma Copa perdendo o último amistoso, voltamos com o título. Um pouco do folclore ou superstição brasileira. Neste momento, o futebol está cercado ou é refém de esquemas que tiram a nossa liberdade de criação em campo.

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O bom futebol sempre foi fruto de uma desordem criativa proposta pelos jogadores dotados de um QI esportivo acima da média. Alguém foi capaz de dizer ao Garrincha o esquema de jogo que ele tinha de obedecer? E O Pelé, que tipo de orientação lhe era dada no vestiário? O futebol hoje não é real. Parece estar sendo fabricado em laboratórios.

Mas, vem aí mais uma Copa do Mundo, na qual não somos favoritos, mas temos chances. A qualidade, habilidade, criatividade, um pouco de força do jogador brasileiro bem orientado (nada mirabolante) ainda tem validade. Por isso, a esperança do brasileiro existe e continuará sempre pautada na diferença que nosso jogador pode fazer.

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Aquele drible do Pelé no goleiro uruguaio Mazurkievicz, sem bola, nunca mais vamos ver. Ali, caracterizou-se o desejo do gol, o lance plástico que ficou na garganta do torcedor. Era o tempo do jogador fora de série, pouco existente hoje.

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Continuamos com a esperança pela Copa. Vamos discuti-la, seja no botequim ou em qualquer lugar. Aos poucos vamos renovando nossas esperanças de que vamos ignorar Sérvia, Suíça e Camarões num primeiro momento, para mostrar ao mundo que o nosso futebol vai ao Catar com pretensões de retomar o troféu da Fifa. Afinal, ainda somos o país do futebol, ou não?

Nem tudo é futebol na Copa

Na França, em 1998, tentei fazer o ascensorista do elevador da Torre Eiffel parar no meio da subida, pois me senti mal. Comecei a gritar. A porta abriu e a polícia já estava me esperando.

Na Coreia do Sul, em 2002, me meti em um comício para vereador da cidade de Ulsan e fui convidado por uma gentil senhorinha a subir em um caminhão onde estava o candidato e apoiadores. Como terminou o comício? Dançando e fazendo gestos que lá identificam um terrorista. Interrogatório na polícia.

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Na Alemanha, em 2006, fomos visitar a cidade de Dachau, onde em 1933 foi construído um campo de concentração nazista. Local fechado, tentamos entrar e, novamente, por pouco não fomos presos. Nessa, Ruy Carlos Ostermann estava comigo.

Na África do Sul, em 2010, tentei dirigir um carro cuja direção ficava no lado direito, a famosa mão inglesa. Impossível. Provoquei uma confusão enorme no trânsito. Novamente, a polícia atrás de mim. É difícil. Tudo parece contramão.

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Na estreia do Brasil na Rússia, em 2018, após o jogo fui parar na ambulância que servia os profissionais de imprensa no estádio, em Rostov. Nossa intérprete, uma menina de Tocantins que estudava medicina na Rússia, entrou na ambulância, disse três palavras, baixaram minha calça e deram uma injeção.

Em cada Copa, uma história. Cabe em um livro.

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Vencer ou vencer

A vitória do Figueirense neste domingo, às 17h, no Estádio Orlando Scarpelli, passou a ser uma obrigação, em razão dos resultados paralelos que podem acontecer. Como o Vitória-BA, adversário do Figueirense, venceu a primeira e o ABC-RN também tenha um novo resultado positivo, encaminha um possível acesso. Não há como sofrer duas derrotas seguidas em um torneio curto como o quadrangular.

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O ABC vai a Belém (PA) e o Paysandu está na mesma situação: tem que vencer para não se distanciar. A rodada pode clarear um pouco a situação. Mais uma vez, o torcedor do Figueirense será o fiel da balança.

Giro Total

Mudanças?

Que mudanças o técnico Eduardo Barroca vai fazer no time do Avaí? Se as vitórias não estão vindo, há muito o que mexer. 

Proteção

A zaga não pode ficar tão vulnerável como vem acontecendo. O meio-campo precisa de criatividade para que o ataque tenha condições de marcar. 

Leitura

Um trabalho considerado muito bom durante a semana que não está se completando nos dias de jogos. Barroca precisa ousar, arriscar para mudar. Tudo para que não ocorra o pior.

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Será?

Nos bastidores, já se comenta que em 2023 teremos no Campeonato Brasileiro da Série B um minicampeonato estadual, com cinco clubes catarinenses: Avaí, Figueirense, Chapecoense, Brusque e Criciúma.

Polêmica

O remo reivindicou uma passarela na Avenida Beira-Mar Norte para facilitar o acesso do pessoal ligado à modalidade no parque náutico Walter Lange. A Câmara está com o projeto, que não anda. Coloca-se inúmeros empecilhos para engavetá-lo.

Semáforo

A semana foi de discussão sobre o possível problema que criou para o trânsito. Razões daqui e dali, a discussão deixa claro que o projeto de um elevado no local resolveria tudo.

A propósito

A 2ª etapa do Estadual de remo foi disputada já com o semáforo operando. O público aumentou em função da segurança para atravessar a avenida.

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