Semana de clássico nos remete à historia deste importante encontro. O futebol de Figueirense e Avaí vivia distante do interior há 27 anos. Título? Nem pensar.

Continua depois da publicidade

Chega a Florianópolis José Mauro da Costa Ortiga, militar cujo pai tinha sido presidente do Figueirense com passagem marcante no clube alvinegro.

> Saiba como receber notícias do NSC Total no WhatsApp

> Campeonato Catarinense 2021: o que mudou

Ortiga se assusta com o que o seu time do coração estava vivendo na época e questiona: “o que fizeram com o meu Figueirense?”. A pergunta tinha sua razão pois José Mauro viveu alguns anos fora do Brasil como militar, especialmente nos Estados Unidos.

Continua depois da publicidade

Claro que na época não havia a ferramenta chamada Internet que hoje nos entrega a informação em tempo real.

Ortiga assume a presidência do Figueirense em 1972 e conquista o estadual daquele ano, recuperando a hegemonia da Capital e obrigando o rival Avaí a também seguir o caminho da recuperação. E assim foi.  

> Claudinei Oliveira fala da volta de Bruno Silva e a preparação do Avaí

1972

Figueirense campeão estadual com Ilo, Pinga, Jailson, Moenda e Vacaria. Adailton e Quincas. Caco, Tião Marino, Luiz Everton e Land. O vice-campeão já se apresentava, foi o Avaí.

Jorge Ferreira

José Mauro teve um outro mérito. Trouxe para Florianópolis um técnico carioca que poucos conheciam e trabalhava no Olaria. Jorge Ferreira não só conquistou o título, como se identificou com o futebol da Capital e do Estado de tal forma que permaneceu muitos anos por aqui.

Continua depois da publicidade

> Debate Diário analisa as opções de Claudinei e Jorginho para o clássico; OUÇA

1973

O Avaí tomava o título do Figueirense iniciando uma nova era no futebol da Capital. Neste ano, o vice-campeão foi uma novidade. O Juventus de Rio do Sul era dirigido pelo saudoso Lauro Burigo.

Avaí

Rubens, Souza, Ari Prudente, Vilela e Orivaldo. Rogério Avila e Zenon. Paulo Roberto, Balduino, Toninho e João Carlos.

> Bruno Silva é reintegrado ao elenco do Avaí e vira opção para o clássico

1974

O Figueirense retoma o título do Avaí, tendo desta vez como vice-campeão o Internacional de Lages. Aqui o técnico era Lauro Burigo e o campeonato teve lances especiais muito conhecidos, como o sorteio para definir o local dos jogos finais, Lages ou Florianópolis.

Figueirense

Nilson, Pinga, Nelson , Moenda e Casagrande. Sergio Lopes e Zé Carlos. Marcos, Luiz Everton,JACI, Moacir.

Continua depois da publicidade

> Definida a fórmula de disputa do Catarinense 2021

1975

A volta do Avaí na conquista do título. Um revezamento impressionante entre a dupla de 72 a 75.

O Avaí teve como vice o Figueirense e sua principal escalação foi: Danilo, Souza, Maneca, Veneza e Orivaldo. Lourival, Balduino e Zenon. Ademir, Juti e João Carlos. Como em todos os outros títulos de Avaí e Figueirense, vários jogadores importantes e conhecidos da cidade atuaram na dupla. Aureo Malinverni foi o técnico do Avaí em 75.

Uma parada

A retomada da Capital numa forte disputa com o interior do Estado deu uma parada em 1976 e a dupla só voltou a conquistar o título treze anos depois quando o Avaí sagrou-se campeão em 1988. O Figueirense voltaria ao título em 1994, exatamente 19 anos depois da última conquista. No meio de tanta disputa, surgiu o Paula Ramos em 1959, que conquistou o título estadual para a Capital.

> 83 anos do Paula Ramos Esporte Clube

Hoje

O Figueirense hoje tem 18 títulos no Estado e o Avaí 17. Uma disputa acirrada. E sábado (26) às 16h tem mais no Estádio Orlando Scarpelli. 

Continua depois da publicidade

O que é melhor

Os resultados da rodada de meio de semana indicam que o empate não é bom para nenhum dos dois. A vitória, seja de que lado for, é fundamental para as pretensões do vencedor.

A dupla vive situação oposta. O Avaí briga para entrar no acesso de retorno à Série A, enquanto o Figueirense luta para não cair para a Série C.

> Debate Diário analisa o clássico e a fórmula de disputa do Catarinense 2021

Entrevistas

Tanto Claudinei Oliveira quanto Jorginho não abrem o jogo. O clássico é ganho por detalhe. O jogo é equilibrado e não importa quem está na frente da tabela. A rivalidade é muito maior e o jogo se torna diferente. Nunca houve nem haverá favorito para este jogo, qualquer que seja o local.

A história que começou em 1924 tem sequência neste sábado.

> Matheus Neris faz golaço de bicicleta e Figueirense empata com o Guarani