A cidade de Brusque tem tudo a ver com o futebol. Berço da fiação catarinense, poderia também ser chamada neste momento de “a capital estadual do futebol”. É da cidade o clube mais antigo do Estado, o Carlos Renaux Atlético Clube, dono de vários troféus a partir de 1950. Em 1956 o rival e co-irmão, o Paysandu, chegou a um vice campeonato. Com o surgimento do Brusque, veio o título de 1992 e a volta do crescimento do futebol na cidade.
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Oriundo do Paysandu e com objetivos bem definidos, além do desejo de recolocar a cidade no cenário do futebol, Danilo Rezini, 66 anos, casado, pais de três filhos e avô de três netos – um deles recém-chegado – preside o clube há 12 anos. Mergulhou de corpo e alma no futebol.
Sem dinheiro e com algumas dívidas, trouxe o filho, André, para ser o diretor de Futebol e conquistou a confiança do empresário Luciano Hang, que lhe garantiu total apoio, sendo hoje o principal patrocinador. Rezini não esquece o apoio da cidade e de outros empresários da região para poder viabilizar o projeto do clube, campeão da Série D do Brasileiro e da Copa Santa Catarina de 2019.
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É um apaixonado pelo Brusque. Vive e respira 24 horas por dia o futebol da cidade. Nada é feito sem passar pelo aval dele. O respeito que tem pelos comandados e a valorização dos profissionais é a principal marca. Pés no chão, ordem e organização financeira são sinônimos que determinam a administração da sensação do momento no futebol catarinense: o Brusque.
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Onde jogar?
Este foi o primeiro problema encontrado. Entre reuniões, incertezas, rivalidade por ser ele oriundo do rival Paysandu, em nome da cidade, conseguiu um acordo para o uso do estádio Augusto Bauer, que pertence ao Carlos Renaux. Não foi difícil o acerto. Para evitar problema, o aluguel do estádio (R$ 24 mil) é pago mensalmente pelo principal patrocinador.
Dívidas
São poucas e estão controladas. Rezini acertou com a Justiça do Trabalho algumas pendências que existiam no clube quando ele assumiu a presidência. Fornecedores, certidão negativa e qualquer questão de ordem financeira, nada impede a continuidade dos trabalhos diários.
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O time
Apostar em jogador comprometido, eis a solução. O Brusque formou uma equipe de profissionais que quer mostrar trabalho. Sem estrelas no elenco, a folha salarial está entre R$ 280 e R$ 300 mil por mês. O maior salário do grupo é de R$ 15 mil e dois jogadores estão entre os que chagam a este valor: Thiago Alagoano e Edu. Com a classificação para a quarta etapa da Copa do Brasil – ao eliminar o Brasil de Pelotas – Rezini separou
R$ 600 mil para dar aos jogadores do valor de R$ 2 milhões que é a taxa de premiação paga pela CBF aos clubes classificados para esta fase.
Objetivo
O ano de 2020, apesar da pandemia, está sendo fantástico para o Brusque. Ganhou a Recopa, vai disputar a final do Estadual contra a Chapecoense a partir de quarta-feira, dia 9, e é o único time catarinense que segue na Copa do Brasil. Faz uma grande campanha na Série C do Brasileiro e se chegar à Série B em 2021 o patrocinador prometeu acelerar o projeto de construção do estádio para 10 mil a 15 mil torcedores, que é uma exigência da CBF para jogar a segunda divisão nacional.
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Toque do Bob
> CT: ao completar 97 anos da fundação do clube, o presidente do Avaí, Francisco Battistotti, tem como prioridade futura dois objetivos: um centro de treinamento e reformas na Ressacada.
> Terreno: para o CT, está negociando um terreno no bairro do Pântano do Sul. Para as obras no estádio ele conta com o dinheiro do zagueiro Gabriel, formado no clube e negociado na última semana ao Arsenal. Vem aí perto de R$ 35 milhões, já comprometido com algumas dívidas de administrações anteriores.
> Valorização: a história de Alan Ruschel, lateral da Chapecoense, é simples. Estava descontente com algumas pendências financeira e autorizou o empresário a negociá-lo. O Avaí foi escolhido. Feita a proposta. A Chape sentiu a perda do jogador e a força que ele tem na torcida. Promessas daqui e dali, veio a pá de cal: o empresário pediu luvas. Negócio encerrado, com a valorização do atleta.
> Presidência: em Criciúma querem a volta de Moacir Fernandes a presidência do Tigre. Reuniões estação sendo feitas. Dia 10 está convocada uma assembleia geral. Jaime Dal Farra disse que sai no fim do ano. Nos bastidores dizem que se o time subir para a Série B ele fica mais um ano. Será?
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> Eleição: uma alteração no estatuto do Joinville em janeiro deste ano permite uma nova eleição em novembro para o conselho de administração do clube. O comunicador Charles Fischer está se ensaiando para um novo momento na carreira. É o atual diretor de marketing e comunicação. Pode chegar à presidência. Não confirmou, nem desmentiu as
especulações.