Primeiro de setembro de 1923. Era para ser um time informal de alegres rapazes da Pedra Grande, hoje Agronômica. O comerciante Amadeu Horn entendeu diferente: por que não um time de futebol para entrar na história?
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Assim foi. A ideia concretizou-se dia primeiro de setembro, em sua residência na Rua Frei Caneca. Em homenagem à batalha do Avaí, ocorrida durante a Guerra do Paraguai, nascia o que seria mais tarde o Avaí Futebol Clube.
Avaí comemora 97 anos e presidente participa do Debate Diário
Sua história é rica e cheia de conquistas. Nomes importantes ajudaram a fazer esse gigante do futebol catarinense.
A sua torcida pode ser considerada o seu maior patrimônio. Entre vitórias e derrotas, momentos difíceis, outros nem tantos, a conquista do Estádio Adolfo Konder, a transição para a Ressacada, os títulos, a valorização da marca, o torcedor nunca faltou.
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O time da raça, como foi denominado, está completando 97 anos.
A três do centenário.
Da ideia de Amadeu Horn ao ver os garotos batendo uma bola no campo do Baú na Agronômica ao gigantismo atual do Avaí FC foram 97 anos de crescimento, amor e uma paixão que poucos conseguem explicar.
Hoje é o seu dia. Dia da paixão. Há muito o que comemorar.
Avaí, 97 anos de honra e glória ao futebol catarinense. Parabéns, avaiano.
O futebol

Foram muitos títulos ao longo destes 97 anos. Jogadores que entraram para a história do Avaí. Dirigentes que se sacrificaram e deixaram sua marca dentro do clube.
Há os mais antigos, como João Salum, José Amorim, Saul Oliveira, José Bastos, entre outros. Há os notáveis que sustentaram o clube, como Aderbal Ramos da Silva, José Matusalém Comelli, e mais recentemente, João Nilson Zunino, a quem o Avaí deve muito pelo seu amor, dedicação e administração, e o atual presidente, Francisco Battistotti.
Todos deram um pedaço de si pela manutenção do Avaí.
Especial 1

Um capítulo especial precisaria ser escrito para o notável Fernando José Caldeira Bastos. Este escreveu a letra do hino do Avaí musicado por Luiz Henrique Rosa. Este foi o homem que comandou a negociação que deu ao Avaí o estádio Adolfo Konder, possibilitando outra negociação que resultou na construção da Ressacada. Foi ele quem levou o governador Colombo Salles á Confederação Brasileira de Desportos (CBD), no Rio, para uma conversa com o então presidente João Havelange para colocar Santa Catarina no Campeonato Nacional no início dos anos 70.
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Foi ele quem recusou convite para presidir a Casa do Brasil, na Espanha, alegando que ficaria sem ver o seu Avaí aos domingos, pois na época não havia TV transmitindo os jogos.
Fernando Bastos foi diretor, conselheiro, presidente do Conselho e presidente do Avaí. Em qualquer nota que alguém escrever sobre a história do Avaí é preciso constar o nome de Fernando Bastos.
Especial 2
Fernando Bastos tinha como seu principal braço direito José Amorim, que foi tudo no clube, a partir de atleta.
Há quem diga ser Saul Oliveira o maior de todos avaianos. Atleta histórico, supercampeão da cidade, dirigente, técnico, conselheiro e presidente, Saul é lembrado pelo clube com a maior honraria anual azurra: a medalha do mérito Saul Oliveira é concedida a personalidades que têm relevantes serviços prestados ao Avaí.
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O time

Escalar o Avaí de todos os tempos é muito difícil.
O time campeão de 1975 entraria com alguns jogadores.
O ataque dos anos 50, que a geração mais recente não chegou a ver, era fenomenal, com Bolão, Nizeta, Tião, Bráulio e Saul.
E quem não elegeria o goleiro Adolfo Camili Martins como o melhor de todos os times da história azurra?
Lembrança de Zenon, Veneza, Cavallazzi, Morelli, Orivaldo, Balduino, Toninho, Carlos Roberto, Souza, Mirinho, Fossati, uma mistura de gerações fantásticas.
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O torcedor azurra tem muito o que comemorar, mas a melhor homenagem que pode prestar ao clube é lembrar da frase de Fernando Bastos:
Avaí meu Avaí.. Tu já nasceste campeão…