Este bom relacionamento entre os presidentes do Avaí e Figueirense não é do agrado do torcedor mais fanático. Constata-se isso no dia a dia das atividades do futebol. Neste momento de superação, por conta da pandemia, é mais que lúcido se esperar a união da dupla da capital, apesar da rivalidade. O velhão refrão: "Aqui fora somos amigos dentro de campo inimigos", não é bem visto em alguns segmentos dos dois clubes.
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Razões?
Não há muita explicação para esse tipo de comportamento a não ser a velha e eterna rivalidade do futebol. O assunto veio as manchetes novamente por causa da negativa do prefeito de Florianópolis em permitir a retomada dos treinos na capital. Como o Figueirense tem seu centro de treinamento em Palhoça, onde lá o Prefeito já autorizou as atividades esportivas, com restrições é claro, não há problema de retornar. O problema ficou por conta do Avaí cujos treinamentos são nos campos suplementares da ressacada.
Juntos?
Como os dois presidentes, Norton Boppré (Figueirense), Amaro Lucio (Avaí em exercício) e o próprio licenciado Francisco Battistotti, tem um excelente relacionamento e conversam quase que diariamente, surgiu a possibilidade do Avaí treinar no CT do co irmão na Palhoça o que provocou reação imediata das torcidas.
Negativa
O Convive do Figueirense para o Avaí ninguém quem fez. De onde surgiu esta informação. O Presidente Norton Boppré nega. O Avaí diz que falou em treinar na Palhoça, mas no estádio do Guarani e para tanto oficiou ao prefeito Camilo Martins solicitando permissão e ao próprio Guarani também para usar seu estádio. No final da tarde da última quinta-feira, os bastidores estiveram movimentados.
Impossível?
Você torcedor veria alguma problema em aceitar os dois juntos treinando no CT do Figueirense? Pois se diz que o amadurecimento no futebol catarinense atingiu um bom nível de entendimento e amadurecimento, qual seria o problema então? Por essas e outras é que continuamos engatinhando no futebol.
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Pequenas coisas, grandes dificuldades. Tenho certeza de que os dirigentes atuais de Figueirense e Avaí não teriam nenhuma dificuldade em selar um acordo neste nível. As torcidas impediriam.
E o Criciúma

A semana foi de muita movimentação em todo Estado. Só a capital não autorizou a volta dos treinamentos do futebol. Os demais municípios envolvidos com o campeonato estadual foram liberados pelos seus Prefeitos para a retomada dos treinamentos claro com exigências. Como diz Gean Loureiro prefeito da capital: "Minhas decisões são tomadas pensando no que ocorre atualmente em Florianópolis. Cada município sabe do seu problema."
A nota da última quinta-feira foi dada pelo Presidente Jaime Dal Farra, do Criciúma, que jogou a toalha. Rescindiu o contrato de prestação de serviços de administração do departamento de futebol, cessão de direitos e outros do clube com GA, gestão do patrimônio limitada com o Criciúma.
Mandou uma carta renuncia da empresa que administra o clube rompendo o contrato. Cumpriu prazo contratual para saída da empresa do cube que é de 180 dias o que significa dizer que sai no fim do ano. Anunciou igualmente que antecipará sua saída do clube também no final da temporada.
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As alegações são até simples e do conhecimento do público. Desde que assumiu a presidência do Tigre, Jaime Dal Farra não conseguiu se entender com a torcida nem com a imprensa local. É notório que o torcedor deseja há muito tempo a sua saída. Os resultados não aconteceram sob o seu comando, muitos problemas, montagem de grupo muito ruim, quedas no campeonato brasileiro, nada no estadual, a era Jaime Dal Farra é perdedora e para felicidade da torcida vai terminar antes do esperado.
Passa bem

Depois de fraturar a cabeça do fêmur numa queda no banheiro, o técnico Lula Pereira, campeão estadual com o Figueirense em 1994, passou por uma cirurgia esta semana em Fortaleza e está na UTI em recuperação.
Lula é uma das boas figuras do futebol brasileiro, ex-zagueiro e técnico vitorioso especialmente no nordeste com alguns trabalhos no sul do país. Na foto Lula Pereira quando fez dupla de zaga com Levir Culpi em 1975 no Santa Cruz de Recife. O volante do time era Givanildo.
Clube Empresa

Um novo marco regulatório do futebol, clube empresa e sociedade anônima foi o tema central de uma videoconferência na ultima quinta-feira (14), com a participação de grandes nomes do direito esportivo do país e convidados. Santa Catarina foi representada pelo Presidente da Comissão de Direito Desportivo do Conselho Federal da OAB, Tullo Cavallazzi Filho.
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Pelo debate uma boa surpresa para o futebol quem sabe o principal destaque. Os projetos do senador Rodrigo Pacheco e do Deputado Pedro Paulo podem ser unificados. Isso quer dizer que a edição da lei do Clube Empresa pode ocorrer imediatamente. Os parlamentares farão os ajustes necessários ao projeto tornando-o “único” para sua aprovação imediata tendo em vista a urgência da matéria.
Memória

Sergio Ramirez é um dos bons profissionais do futebol brasileiro. Residindo em Curitiba, mas trabalhando na consultoria do Guarani de Palhoça o Uruguaio jogou e dirigiu grandes clubes do futebol do Brasil.
Como atleta sua característica era a tradicional raça uruguaia e mostrou isso na seleção do seu país e no Flamengo. Como técnico, nunca largou seu cone para fazer chegar suas orientações bem audíveis aos jogadores. Ramirez está em quarentena absoluta em Curitiba com a família esperando tudo passar para retornar.