Quase 20 meses longe dos jogos presenciais em todas as modalidades. Algumas estão gradativamente abrindo para a volta do público. O chamado esporte das multidões, o futebol, no Brasil está caminhando para o retorno, mas de forma lenta. A Eurocopa está lotando os estádios. Qual a diferença? No Velho Continente entenderam a importância do protocolo estabelecido pelas autoridades de saúde e respeitaram rigorosamente as regras. O resultado foi bom a ponto de anteciparem a volta do torcedor.
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Nos Estados Unidos, a NBA passou a ter público na reta final da temporada. A mesma razão. Melhor ainda, o novo governo americano partiu com grande responsabilidade para resolver a pandemia, investiu e intensificou a vacinação e o resultado veio. A diminuição dos casos de Covid-19 baixou o número de internações e de óbitos nos países que levaram a pandemia a sério.
Nós estamos engatinhando até na aplicação da vacina. Aqui, ainda se discute qual é a melhor e a que devemos tomar. Virou disputa política, comercial, sei lá. Ainda que uma pequena melhora possa estar ocorrendo, estamos longe do ideal. Há muito tempo se fala na possibilidade de a torcida voltar aos estádios no mês de agosto. Buscamos a informação e ninguém tem a resposta correta para nos dar. Especula-se que a final da Copa América, quem sabe, poderá ter público controlado.
Na verdade, estamos sentindo os efeitos da irresponsabilidade e não há dúvidas de que seremos um dos últimos países a liberar o povo à vida normal. Por enquanto, o esporte vai esperar muito também por conta da falta de colaboração de parte da população, que também acordou tarde demais para a seriedade do assunto, orientada pelas declarações de autoridades irresponsáveis.
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Recado do presidente
Público no estádio em agosto? Acho difícil, pois no Campeonato Brasileiro é preciso liberar todos os estados que têm clubes jogando as séries A, B, C e D. Acho que em setembro libera. Palavras de Rubens Angelotti, presidente da Federação Catarinense de Futebol (FCF).
Bem diferente
A Chapecoense ainda não entendeu que vive novo momento. Perdeu um time inteiro, dirigentes, dois presidentes e profissionais da comissão técnica que faziam a diferença. Vive outra situação. Perdeu dois técnicos e ficou um bom período sem um diretor de futebol. Agora, contratou Carlos Kila. Nada contra, é profissional experiente.
Pergunto: Não seria a hora de valorizar o ex-zagueiro Neto? Chamar profissionais que ajudaram o crescimento da Chape? Ou continuarão investindo em nomes conhecidos nacionalmente, mas sem identificação com a cidade? Será que o Neto está na função correta? Terá autonomia para grandes decisões? Pela história no clube, deveriam ter valorizado mais o ex-zagueiro.
Está faltando
Não se pode negar e desconhecer que o investimento é alto na implantação do VAR. Com muitos pontos a discutir e todos a favor, os prejuízos têm sido muito maiores aos clubes. O simples fato de eliminar uma permanente discussão a cada rodada com reclamações através de imagens mostrando lances com erros de arbitragem já é uma das razões para a implantação do VAR. Valoriza inclusive o campeonato da Série B e amplia o campo de trabalho para os profissionais do futebol.
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Boa notícia
Os clubes de futebol do Brasil têm nova associação. O presidente é de Santa Catarina e o mesmo do Avaí. Francisco Battistotti é também o presidente da Associação de Clubes de Futebol de SC. Tem liderança nacional. E ele me deu uma boa notícia: possivelmente no returno do Campeonato Brasileiro deste ano teremos a implantação do VAR (árbitro assistente de vídeo) em todos os jogos da Série B. As conversas com a CBF estão bem adiantadas e praticamente definidas. Muito bom.
Explica-se o Criciúma?

Podem até argumentar que o Criciúma disputa uma divisão inferior, onde o nível técnico possibilita o sucesso. Não é só isso. A partir da contratação do técnico Paulo Baier (foto) o Tigre mostrou que desejaria voltar aos bons tempos. O profissional é comprometido com o clube e a cidade, tem história como atleta e quer repeti-la como técnico. Não é só isso. Voltaram a ter cuidado com as contratações, que passaram a ter uma análise criteriosa e mais profunda.
O Criciúma de Baier é bem diferente dos que passaram pelo clube, inclusive a observação serve para gestões desastrosas que quase afundaram o glorioso representante do futebol catarinense.
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Giro Total
> O Seminário da Arbitragem Catarinense e da Formatura do Curso de Árbitros 2020 está nos dando uma árbitra que pretende seguir a carreira da família. Tamires é sobrinha do ex-craque Zenon e filha do árbitro Zilton Farias. Futebol está no sangue. Seja Bem-vinda.
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> O Giro Total deste domingo, às 12h na rádio CBN/Diário, traz uma entrevista com o médico psiquiatra Francisco Baptista Neto, que é arbitro internacional de natação e já atuou em Olimpíada. Ele também foi presidente da Federação de Natação de SC em tempos difíceis quando recuperou a modalidade.
> É incomum o diretor de Futebol conceder entrevista coletiva a imprensa após o término dos jogos. Isso acontece muito quando o clima está pesado e algo novo vai acontecer. Rafaelle Messina falou à imprensa em Itu (SP), após a derrota do Alvinegro. A presença de Messina causou surpresa, mas ele deixou claro que se fazia necessária naquele momento, para um apoio mais forte ao técnico, cujo trabalho considera bom. Foi um susto.
> A entrevista de Messina colocou o técnico Jorginho no radar. O que não estava em discussão passou a estar. E a semana foi de bastidores e especulações. Uma derrota do Figueirense neste domingo, às 11h, em casa, para o São José-RS e o bicho vai pegar. Situação ficará insustentável. Está mais que na hora de o Alvinegro vencer.
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