Caiu um gigante de Santa Catarina no ano do seu centenário. Claro que há culpados ao longo dos últimos anos dentro do Figueirense. As opiniões começam a ser externadas e trago para o nosso leitor duas delas de nomes importantes com forte participação no alvinegro. 

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José Carlos Silva

Foi o presidente que entregou o clube ao grupo liderado por Paulo Prisco Paraiso, em 1998. Ficou praticamente isolado com contas a pagar e foi até seu limite. Deu uma enorme contribuição à instituição, colocou em risco seu patrimônio pessoal, mas deixou o clube em boas mãos.

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Hoje, José Carlos vê sua paixão esportiva descer na divisão do futebol brasileiro. Ele se manifestou a respeito.

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“O inicio dessa tragédia começou em 2010, quando um grupo de notáveis do Conselho Deliberativo, movidos pelo sentimento da inveja, rompeu o contrato com a Figueirense Participações”, afirmou o ex-presidente do clube. 

José Carlos Silva, ex-presidente do Figueirense
José Carlos Silva, ex-presidente do Figueirense (Foto: Divulgação)

“Nesse momento, o clube viveu com três tipos de administração. A primeira irresponsável. A segunda foi uma gestão temerária. A terceira foi a Elephant, que saqueou o clube financeiramente e moralmente. Todos que participaram dessas três fases do clube deveriam vir a público para pedir perdão à nação alvinegra. Que esses personagens sejam banidos definitivamente da história do clube, pois seus nomes ficarão marcados, no ano do centenário do maior clube de SC como personas non gratas”, completou. 

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Roberto Costa 

Outro personagem importante dentro do Figueirense que também manifestou-se à coluna sobre o rebaixamento. 

Roberto Costa é o conselheiro, publicitário e torcedor do clube que assumiu posição importante em determinado momento de transição dentro do Figueirense. 

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“Todos têm uma parcela de culpa sim. Faço um resumo histórico dos últimos anos. Na votação do contrato com a Elephant, votei a favor, assim como votaram 100% dos membros do Conselho Deliberativo (85 a 2). Na ocasião, foram apresentados pareceres favoráveis do Conselho Fiscal e de uma comissão composta por 4 advogados, 3 financistas, um membro do conselho fiscal e um advogado contratado pelo cube. O alto índice de aprovação se deu, principalmente, em função da enorme divida (quase 80 milhões) produzida pela administração anterior, sem perspectiva de solução a curto ou médio prazo. Quando se percebeu que a empresa Elephant não estava administrando bem – ao contrário, tinha mais dívidas e perdia ativos do clube – e com a mudança da direção do Conselho com a eleição do Chiquinho de Assis em dezembro de 2018, teve início um processo de fiscalização constante da atuação da empresa”, disse à coluna. 

Roberto Costa, presidente do Conselho Consultivo do Figueirense
Roberto Costa, presidente do Conselho Consultivo do Figueirense (Foto: Reprodução/YouTube)

“Por exigência do Conselho Consultivo na Figueirense Ltda com maioria da Associação, o qual tive a honra de presidir. De imediato passamos a cobrar do Sr. Cláudio Honigman os investimentos necessários previstos em contrato. Iniciamos em maio um processo que culminou com o rompimento do contrato com segurança jurídica ao clube, o que aconteceu em setembro daquele ano. Fora, equacionados alguns problemas financeiros e administrativos. Em 2 de março de 2020 foram realizadas as eleições com a vitória do Norton Boppré, apoiado por um grupo de conselheiros e torcedores liderados pelo ex-presidente Paulo Prisco Paraiso. Infelizmente, essa diretorial, por conta de problemas e a pandemia, não conseguiu atrair investidores e formou um elenco fraco contratando um técnico inexperiente e demorou a trocá-lo. Agora é juntar os cacos e unir as forças alvinegras. Conselho Deliberativo sob o comando sereno de Chico de Assis”, acrescentou. 

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O que está sendo feito no Figueirense é uma espécie de Mea Culpa, contando no meio disso um pouco da história pela qual passou o alvinegro e que terminou com sua queda à terceira divisão do futebol brasileiro.

A propósito, a CBF divulgou na tarde desta quarta-feira (27) uma alteração de horário para o jogo Figueirense e Ponte Preta na próxima sexta-feira (29), cuja a importância caiu em função da situação dos dois clubes. Será às 16h. 

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