Eu na Copa

Minha história na Copa, na verdade, começou em 1950, quando era garoto e ouvi o jogo inteiro daquela final entre Brasil e Uruguai. Jogava uma bolinha no Campo do Manejo quando interrompemos tudo para ouvir Jorge Cury e Antonio Cordeiro na Rádio Nacional. Na verdade, não sabia muito o que era uma Copa, mas fui na onda do meu pai.

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Decepção

Muitos anos depois, acabei me encontrando com o grande artilheiro da Copa, Ademir Marques de Menezes, o Queixada, que virou comentarista. Tivemos alguns encontros pelo calçadão do Leme, onde residia e caminhava todas as manhãs. Contou histórias não muito convincentes sobre a perda do título. Sempre ficava muito triste quando se referia a 1950 e nem poderia ser diferente. Aquela Copa marcou o início da minha história no futebol.

 

Leiteria

Tinha dois ídolos no futebol que nunca foram muito bem quando convocados para a Seleção Brasileira. O goleiro Castilho e Telê, que jogava com a número 7, mas não foi ponta. Castilho nunca chegou a ser titular, mas era sempre convocado. Quando entrava se dava mal. Telê, o cérebro do Fluminense, foi se consagrar mais tarde como técnico da Seleção. Dirigiu na Espanha (1982) e no México (1986), mas não ganhou nenhuma. É hoje considerado um dos melhores técnicos que teve o futebol brasileiro.

 

Bastidores

No célebre jogo com a Itália, em 1982, dizem que ao empatar a partida que perdia, Telê mandou segurar o resultado que nos favoreceria. Recebeu o recado da turma de campo: “Que nada, professor. Vamos virar, nosso time é melhor”. E se mandaram. Tomaram o terceiro de Paolo Rossi e fomos eliminados depois de encantar o mundo. Imprensa brasileira chamou o jogo de Tragédia do Sarriá.

 

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